terça-feira, 27 de julho de 2010

Butantan desvenda causa de hemorragia após picada de jararaca

Butantan/Divulgação
Estudo inédito do Instituto Butantan, unidade da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, demonstrou, pela primeira vez, a forma com que a toxina hemorrágica jararagina, presente no veneno da jararaca, se liga aos vasos sanguíneos.

A substância se fixaria às proximidades dos vasos, comprometendo sua integridade e induzindo o sangramento local, que se constitui um dos principais sintomas do envenenamento por jararacas. As picadas de jararaca representam 90% do total de acidentes com serpentes no Brasil.

"Quando ocorrem acidentes com jararacas, há dois tipos de sintomas: os locais, que ocorrem no local da mordida, e os generalizados, que acometem o organismo como um todo. O soro antiofídico produzido em cavalos é capaz de neutralizar os efeitos sistêmicos, impedindo a morte do paciente, mas não consegue reverter os efeitos locais tais como a hemorragia, que podem resultar em sequelas graves como a amputação do membro afetado", destacou a pesquisadora Ana Maria Moura, uma das responsáveis pelo estudo.

A descoberta pode auxiliar no tratamento oferecido em casos de acidentes envolvendo esse tipo de serpente. Isso porque, a partir do conhecimento de como a toxina age, será possível utilizar inibidores capazes de impedir sua atuação. Para isso, entretanto, são necessários estudos complementares.

A pesquisa contou com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e foi publicada na revista clínica americana de doenças negligenciadas PLoS Neglected Tropical Diseases. Também participaram do estudo pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade da Califórnia, em San Diego (EUA).

"É importante lembrar que o soro antiofídico existente continuará a ser utilizado. A ideia é aplicar inibidores que 'ataquem' diretamente toxinas responsáveis pelos danos locais, barrando os efeitos hemorrágicos causados por esse tipo de acidente", ressaltou a pesquisadora Cristiani Baldo, que também participou dos estudos.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

O que é isso, companheiro?



Amarildo/A Gazeta (ES)