segunda-feira, 17 de agosto de 2009
A felicidade
A felicidade é como a gota de orvalho numa pétala de flor; Brilha tranquila, depois de leve oscila e cai como uma lágrima de amor.
A felicidade é como a pluma, que o vento vai levando pelo ar: voa tão leve, mas tem a vida breve. Precisa que haja vento sem parar.
A minha felicidade está sonhando, nos olhos da minha namorada. É como esta noite passando, passando, em busca da madrugada.
Falem baixo, por favor... pra que ela acorde alegre como o dia, oferecendo beijos de amor.
(Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes)
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
Efeito H1N1
Aldo V. Silva/Secretários 'apertam' Guga após coletiva
Desde a última segunda-feira (10), o jornal Cruzeiro do Sul, de Sorocaba/SP, tem cruzado dados coletados junto a duas funerárias da cidade, hospitais públicos, privados e cartórios de Registro Civil, para informar a população da cidade sobre os casos "reais" de pessoas que morreram com sintomas da gripe suína.
Na terça-feira (11), o Cruzeiro publicou a reportagem 'Homem de 27 anos morre com sintomas em Sorocaba'. Segue o texto: M.G.M., de 27 anos, morreu ontem à tarde, por volta das 14h25, com influenza não-específica, insuficiência respiratória aguda, choque séptico (infecção generalizada) e broncopneumonia. Ele estava internado desde sábado (8) no Hospital Samaritano.
Há informações de médicos que teriam atendido um paciente, com suspeita da nova gripe, no mesmo hospital, neste final de semana. São profissionais que participaram, ontem à noite, de uma assembleia do Sindicato dos Médicos de Sorocaba e Região (Simesul). Eles também disseram que houve outra morte suspeita pelo vírus da gripe suína no Hospital Regional. Já o secretário da Saúde (SES), Milton Palma, declarou, por telefone ao Cruzeiro do Sul, “desconhecer” os dois casos.
5 mortes
Na quarta-feira (12), o Cruzeiro manchetou a reportagem 'Cidade tem cinco mortes com sintomas da doença'. O texto, assinado pelo idealizador deste blog e pelo jornalista Leandro Nogueira, mostra que cinco pessoas foram enterradas na cidade em decorrência de mortes provocadas por sintomas semelhantes aos da gripe suína.
Segue o texto: Mais cinco pessoas morreram em hospitais sorocabanos, ontem, com sintomas provocados pela nova gripe, também chamada de suína. Dois estavam internados na Santa Casa, um no Hospital Samaritano, um na Unimed e outro no Hospital Modelo.
Preocupados com a possibilidade dos corpos estarem com o vírus Influenza A (H1N1), as funerárias começam a enterrar em caixões lacrados. As vítimas são uma criança com quatro anos de idade (confirmado pelo Adolfo Lutz) e jovens entre 17 e 25 anos, uma delas grávida. Faleceram com os sintomas: broncopneumonia, sepse, falência múltipla de órgãos, síndrome da angústia respiratória do adulto, insuficiência respiratória e pneumonia. Todos morreram antes de completar uma semana de internação.
A grávida E.C.M., 24 anos, morreu ontem às 12h45 de falência múltipla de órgãos e sepse. A menor D.M.P.O., 17 anos, faleceu às 10h45 de sepse, broncopneumonia e comunicação intraventricular, ambos os casos na Santa Casa. No Hospital Modelo, V.B.M.M., 25 anos, faleceu às 9h40 do dia 10 com broncopneumonia, falência múltipla dos órgãos, sepse grave, síndrome da angústia respiratória do adulto e infecção viral. Outra menor, N.O., 17 anos, morreu no Hospital da Unimed devido a complicações causadas por insuficiência respiratória, sepse e pneumonia. Por motivos de segurança, foi seguido o protocolo do Ministério da Saúde para o enterro com caixão lacrado em caso suspeito.
O vendedor de uma concessionária de veículos em Sorocaba, M.G.M., 27 anos, cuja morte ocorreu na segunda-feira, no Hospital Samaritano, por sintomas da gripe, foi o primeiro caso de enterro com caixão lacrado.
A Secretaria da Saúde de Sorocaba, por meio da Vigilância Epidemiológica, divulga que a vítima residia em Votorantim. "Não temos óbitos confirmados de H1N1 em Sorocaba", disse o secretário da Saúde, Milton Palma.
"Recentemente tivemos um caso confirmado pela doença e todos os contatos fornecidos pelo paciente não existem. Em vários outros casos os telefones estavam incorretos e precisamos fazer visita domiciliar para comunicar resultado de exame aos pacientes e orientá-los", informou a diretora da Saúde Coletiva, Consuelo Matiello.
A Secretaria da Saúde (SES) informa que caso seja oficialmente diagnosticada a doença de algum óbito pelo Instituto Adolfo Lutz a SES informará imediatamente a imprensa. Durante entrevista na noite de ontem, Palma disse que avalia possibilidade de coletiva à imprensa com infectologistas do câmpus local da Faculdade de Medicina da PUC.
A Unimed informou que uma paciente foi internada em isolamento com suspeita da nova gripe na tarde de ontem com quadro clínico de pneumonia. Um outro caso informado pela Vigilância Epidemiológica de Capela do Alto encontra-se no Hospital Modelo, em Sorocaba. Trata-se de uma gestante com 22 anos, no quarto mês de gravidez, com suspeita da gripe, cujo resultados do exame no Instituto Adolfo Lutz são aguardados para o final de semana. Além desse caso suspeito, a VE de Capela do Alto continua monitorando outros 21 casos, todos apresentando quadro gripal, sem complicações.
20 mortes
No mesmo dia, o jornal listou, por meio dos dados cruzados mencionados no começo do texto, 20 casos semelhantes, que ocorreram em Sorocaba a partir do mês de junho. Leia abaixo:
Pelo menos outros 20 pacientes de Sorocaba e região morreram internados em hospitais da cidade por doenças respiratórias desde o final de junho. Todos apresentavam algum sintoma da nova gripe, como pneumonia, broncopneomonia ou insuficiência respiratória.
Os que residiam em Sorocaba eram M.A.R., 53 anos, falecido em 30/07, no Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS); S.K.H.S., 53 anos, morreu em 17/07, no CHS; E.S.S., 57 anos, 15/07, CHS; F.H.B.G., 21 anos, 03/07, Unimed; D.R.L., 45 anos, 01/08, CHS; G.J.B., 58 anos, 28/07, CHS; T.P.; 21 anos, 02/08, CHS; M.A.R.; 53 anos, 30/07, CHS; M.O.R., 55 anos, 27/06, Unimed.
Os pacientes de outras cidades que morreram internados em Sorocaba foram: R.S.S., de Votorantim, 53 anos, 30/07, no CHS; A.B.A., Votorantim, 45 anos, 28/07, CHS; V.C.S., 18 anos, 01/08, CHS; D.R.F., de Guapiara, 40 anos, 29/07, CHS; F.M.C., de Guapiara, 35 anos, 25/07, CHS; A.A.S., de Guapiara, 37 anos, 05/07, CHS; V.M.A., de Angatuba, 68 anos, 21/07, no CHS; M.M., de Jacupiranga, 38 anos, 16/07, CHS; A.G.M.O., Mairinque, 62 anos, 13/07, CHS; M.O.M., Itapetininga, 55 anos, 09/07, CHS; R.M.S.M., de Itapetininga, 37 anos, 25/07, CHS.
Ainda no mesmo dia, ou seja, na quarta-feira, a Secretaria de Estado da Saúde confirmou a morte de um adolescente com o vírus Influenza A (H1N1), na região de Sorocaba. A nota oficial não especificou a cidade onde residia a vítima. Informou, apenas, que o paciente, de 16 anos, morreu entre o dia 18 de julho e 10 de agosto.
CHS contesta
Na quinta-feira (13), o Cruzeiro publicou uma série de reportagens, algumas contestadas pela Secretaria da Saúde de Sorocaba e também pelo próprio Governo de Estado. Segue o texto abaixo:
O diretor técnico de departamento, Ricardo José Salim, e a coordenadora do Núcleo Hospitalar de Epidemiologia do Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS), Rosana Maria Paiva dos Anjos, contestaram a reportagem publicada ontem pelo Cruzeiro do Sul, que aponta que ao menos 20 pessoas morreram devido a complicações respiratórias em Sorocaba desde o final de junho, dezoito delas no Hospital Regional.
Por meio de nota, via assessoria de imprensa, os dois alegam que o CHS “não foi consultado” para verificação das informações publicadas. E acrescentam: “Esclarecemos que no CHS não ocorreu nenhum óbito ocasionado pela Gripe H1N1 até a presente data, conforme supervisão direta realizada pelo Centro de Vigilância Epidemiológica Regional e pela Secretaria do Estado da Saúde. Ressaltamos que dos dezoito pacientes mencionados, seis não constam em nossos registros de internação. Entendemos que ao ser publicado que 'todos apresentavam algum sintoma da nova gripe' a população pode questionar a autenticidade dos diagnósticos realizados. Portanto, solicitamos esclarecimento sobre essa questão”.
A reportagem não obteve êxito ao tentar contato com os diretores do CHS, nem com a Secretaria do Estado da Saúde, no início da noite de ontem. Apesar da direção afirmar não ter registro de todas as internações, os médicos que atestaram os 18 óbitos foram: Alexsandro Sordi Libardoni, Ana Paula Okada, Antônio Carlos Correa, Edson Shitara, Frederico Rocha, Glauber Campos Souza, José Eduardo Amaral Campos, José Mauro Cafundó Moraes, Nélson Brancaccio dos Santos, Orlando Fermozelli Júnior, Otávio Ayres da Silva Neto, Pâmela Daniela da Silva Messula, Pedro Luiz Luarez e Wélson Santos.
MP acionado
No mesmo dia, porém à tarde, o principal vereador de oposição de Sorocaba, Francisco França da Silva (PT), acionou o Ministério Público (MP), para que tomasse providências em relação aos casos que supostamente estavam sendo 'maquiados' na cidade.
Veja o texto publicado pelo jornal na edição de quinta-feira (13): Na representação, os advogados do parlamentar, que incluíram como réus o prefeito Vitor Lippi (PSDB) e o secretário municipal de Saúde, Milton Palma, pedem ao MP para investigue quais são os procedimentos adotados pela municipalidade no sentido verificar os casos suspeitos e divulgá-los à imprensa e à população.
O vereador acusa da existência de indícios de que o Poder Público está se resguardando, consequentemente, omitindo informações importantes para a população.
Cita, como exemplo, reportagens publicadas na imprensa local que, segundo ele, demonstram que há contradições nas informações prestadas pela Prefeitura, visto que o secretário da Saúde, Milton Palma, disse na segunda-feira ao Cruzeiro do Sul que não havia o registro de mortes na cidade confirmadas causadas pela gripe suína. No mesmo dia, a diretora da Saúde Coletiva, Consuelo Matiello, ainda segundo o vereador, declarou ao jornal que 'recentemente' teve um caso confirmado pela doença.
Editorial
Ainda na quinta-feira, o Cruzeiro publicou o editorial 'Contradições sobre a gripe'. Leia abaixo:
Na mesma semana em que a cidade de Cascavel, no Paraná, proibiu temporariamente o funcionamento de cinemas, shoppings e casas noturnas, para prevenir a propagação do vírus causador da gripe suína, as escolas de Ensino Fundamental e Médio de Sorocaba começaram a retomar as aulas (as particulares já voltaram na segunda-feira, dia 10, e as públicas devem retornar na próxima segunda, 17), depois de prolongar as férias por uma ou duas semanas.
Quem tem razão? Quem tenta evitar reuniões em lugares fechados, por acreditar que o pior da epidemia de gripe suína ainda não passou, ou quem levanta as restrições à convivência de crianças e adolescentes em sala de aula, por acreditar que “o tempo já esquentou” e o risco de contágio agora é menor?
O mapa das mortes oficiais causadas pela gripe suína mostra que os Estados mais atingidos são os do Sul e Sudeste, onde o frio é intenso nesta época do ano. Segundo boletim divulgado na terça-feira, 11, pelo Ministério da Saúde, São Paulo segue à frente de todo o Brasil com 75 vítimas fatais, seguido por Rio Grande do Sul (44), Paraná (42), Rio de Janeiro (24) e Santa Catarina - a exceção que confirma a regra -, com três óbitos.
Em contrapartida, Minas, Bahia, Pernambuco e Paraíba registraram até agora - oficialmente, ao menos -apenas uma morte cada um. E, para o restante dos Estados, todos eles localizados acima do Trópico de Capricórnio, o Influenza A(H1N1) ainda é quase uma abstração, conhecida mais pelo noticiário da TV do que por parentes ou conhecidos que o tenham apanhado.
Para os paulistas, que sentiram a temperatura aumentar alguns graus nos últimos dias, a volta às aulas ainda é motivo de ansiedade - como, por sinal, tudo o que diz respeito à gripe. Contribuem para esse clima as próprias decisões dos governos federal, estaduais e municipais, flagrantemente contraditórias entre si.
Há poucos dias, os governos do Rio de Janeiro e Minas Gerais dispensaram as servidoras grávidas que trabalham no atendimento ao público, para evitar riscos a elas e aos bebês. Nesta semana, como está noticiado em outra parte desta edição, as visitas de familiares a presidiários em São Paulo estão sendo suspensas. Não soa incoerente que, enquanto medidas profiláticas são tomadas por um lado, por outro se prepare a volta às aulas, como se o risco de contágio em sala de aula fosse apenas uma possibilidade remota?
É uma questão sobre a qual as autoridades da Saúde e da Educação em São Paulo devem refletir, no pouco tempo que resta antes da segunda-feira. Mais que isso: as autoridades precisam passar em revista suas políticas de comunicação sob a ótica da transparência e do direito dos cidadãos a receber informações claras, precisas e abrangentes.
Estratégias diferenciadas de divulgação dos balanços da gripe (número de casos suspeitos, contágios confirmados, etc.) têm dado margem justamente ao oposto do que pretendem evitar: o receio (para não dizer, o pânico) da população. Nos últimos dias, correntes de e-mails com informações alarmistas sobre um suposto “descontrole” dos casos da gripe têm sido enviadas às milhares para os internautas, levando muitos a acreditar que a situação é bem mais grave do que as autoridades divulgam.
Talvez as dificuldades para levantar informações sobre a epidemia, vivenciadas diariamente pela imprensa, expliquem o porquê de essas mensagens não serem rejeitadas de pronto, como boatos que são. Os repórteres que trabalham na cobertura da gripe reclamam de dificuldades enormes para checar as informações. Algumas autoridades agem como se tivessem uma responsabilidade messiânica sobre os fatos, e acabam perdendo excelentes oportunidades de manter a população calma, precavida e bem informada.
Achar a atitude correta, a postura ideal na tomada de decisões e nas informações transmitidas é o desafio - em sua essência, vital - para todos os que lidam com o assunto.
2 casos por dia
Na mesma quinta, o Cruzeiro manchetou: 'Dois casos são confirmados por dia na cidade'. Veja abaixo o texto:
Nos primeiros 12 dias de agosto foram confirmados, por exames do Instituto Adolfo Lutz, 22 novos casos de pessoas infectadas pelo vírus Influenza A (H1N1) em Sorocaba, uma média de quase 2 por dia.
A informação da Vigilância Epidemiológica (VE) é que todos apresentaram os primeiros sintomas entre os dias 1º e 5 de agosto. Mas a doença deve atingir muito mais gente, já que apenas são submetidos aos exames laboratoriais que diagnosticam a doença os pacientes com sintomas graves que necessitam de internação.
O boletim da VE divulgado, no final da tarde de ontem, pela Secretaria da Saúde, informa que das 195 notificações em Sorocaba desde maio, foram confirmados 60 (30,8%) casos, dois deles continuavam internados ontem, enquanto os demais haviam tido alta.
No total, foram um caso em maio, dois em junho, 35 em julho e 22 em agosto. Durante esse mesmo período, 67 (34,3%) casos suspeitos foram descartados. Ainda, pelo boletim oficial da VE, 68 (34,9%) casos suspeitos aguardam resultados de exames.
Morte 'oficial'
Nesta sexta-feira (14), o Cruzeiro publica: 'Gestante é a 1ª vítima fatal em Sorocaba'. A Secretaria da Saúde de Sorocaba confirmou, às 18h de ontem, o primeiro óbito de pessoa infectada pelo vírus A/H1N1 na cidade, por meio de resultado de exame emitido pelo Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo. O anúncio foi feito à imprensa pelo secretário Milton Palma, em entrevista coletiva.
A vítima é uma mulher de 24 anos que faleceu na segunda-feira, dia 10. Ela fazia parte do grupo de risco da doença, pois havia dado à luz recentemente. O parto foi no dia 3 de agosto, na cidade de Pilar do Sul, mas a paciente era residente em Sorocaba e retornou à cidade logo após o nascimento do bebê. A criança passa bem.
Segundo dados da Vigilância Epidemiológica, a primeira manifestação de sintomas ocorreu no dia 6 e a mulher foi internada no mesmo dia na Santa Casa de Sorocaba. "Recebeu a medicação específica dentro do prazo previsto, teve toda a assistência, mas tinha um fator de risco e evoluiu com gravidade", salientou o secretário da Saúde, Milton Palma.
Até a presente data Sorocaba tem dois outros óbitos com suspeita da doença aguardando resultado de exames do Instituto Adolfo Lutz.
A Secretaria da Saúde informou, ainda, que a partir desta sexta-feira passará a divulgar boletins duas vezes por semana, com os dados atualizados sobre a gripe causada pelo vírus Influenza A/H1N1 na cidade. Os boletins serão divulgados às terças e sextas-feiras.
Se houver confirmação oficial de óbito, por meio de resultado de exame, esta divulgação será feita independente do dia, por meio de nota enviada a toda a imprensa.
80 shows cancelados
Durante a coletiva de imprensa realizada no final da tarde de ontem, o prefeito em exercício, José Ailton Ribeiro, informou o cancelamento de mais de 80 apresentações culturais que aconteceriam na cidade, neste final de semana, em comemoração ao aniversário de 355 anos de Sorocaba.
"A decisão tem o objetivo de prevenir a disseminação do vírus Influenza A (H1N1), causador da nova gripe, também conhecida como 'suína'. Até o dia 23 de agosto, nenhum local de responsabilidade do Governo Municipal receberá qualquer tipo de evento que implique a aglomeração de pessoas", enfatizou o prefeito.
Buscamos as informações verdadeiras. Apenas isso, sempre!
by Gustavo Ferrari
Desde a última segunda-feira (10), o jornal Cruzeiro do Sul, de Sorocaba/SP, tem cruzado dados coletados junto a duas funerárias da cidade, hospitais públicos, privados e cartórios de Registro Civil, para informar a população da cidade sobre os casos "reais" de pessoas que morreram com sintomas da gripe suína.
Na terça-feira (11), o Cruzeiro publicou a reportagem 'Homem de 27 anos morre com sintomas em Sorocaba'. Segue o texto: M.G.M., de 27 anos, morreu ontem à tarde, por volta das 14h25, com influenza não-específica, insuficiência respiratória aguda, choque séptico (infecção generalizada) e broncopneumonia. Ele estava internado desde sábado (8) no Hospital Samaritano.
Há informações de médicos que teriam atendido um paciente, com suspeita da nova gripe, no mesmo hospital, neste final de semana. São profissionais que participaram, ontem à noite, de uma assembleia do Sindicato dos Médicos de Sorocaba e Região (Simesul). Eles também disseram que houve outra morte suspeita pelo vírus da gripe suína no Hospital Regional. Já o secretário da Saúde (SES), Milton Palma, declarou, por telefone ao Cruzeiro do Sul, “desconhecer” os dois casos.
5 mortes
Na quarta-feira (12), o Cruzeiro manchetou a reportagem 'Cidade tem cinco mortes com sintomas da doença'. O texto, assinado pelo idealizador deste blog e pelo jornalista Leandro Nogueira, mostra que cinco pessoas foram enterradas na cidade em decorrência de mortes provocadas por sintomas semelhantes aos da gripe suína.
Segue o texto: Mais cinco pessoas morreram em hospitais sorocabanos, ontem, com sintomas provocados pela nova gripe, também chamada de suína. Dois estavam internados na Santa Casa, um no Hospital Samaritano, um na Unimed e outro no Hospital Modelo.
Preocupados com a possibilidade dos corpos estarem com o vírus Influenza A (H1N1), as funerárias começam a enterrar em caixões lacrados. As vítimas são uma criança com quatro anos de idade (confirmado pelo Adolfo Lutz) e jovens entre 17 e 25 anos, uma delas grávida. Faleceram com os sintomas: broncopneumonia, sepse, falência múltipla de órgãos, síndrome da angústia respiratória do adulto, insuficiência respiratória e pneumonia. Todos morreram antes de completar uma semana de internação.
A grávida E.C.M., 24 anos, morreu ontem às 12h45 de falência múltipla de órgãos e sepse. A menor D.M.P.O., 17 anos, faleceu às 10h45 de sepse, broncopneumonia e comunicação intraventricular, ambos os casos na Santa Casa. No Hospital Modelo, V.B.M.M., 25 anos, faleceu às 9h40 do dia 10 com broncopneumonia, falência múltipla dos órgãos, sepse grave, síndrome da angústia respiratória do adulto e infecção viral. Outra menor, N.O., 17 anos, morreu no Hospital da Unimed devido a complicações causadas por insuficiência respiratória, sepse e pneumonia. Por motivos de segurança, foi seguido o protocolo do Ministério da Saúde para o enterro com caixão lacrado em caso suspeito.
O vendedor de uma concessionária de veículos em Sorocaba, M.G.M., 27 anos, cuja morte ocorreu na segunda-feira, no Hospital Samaritano, por sintomas da gripe, foi o primeiro caso de enterro com caixão lacrado.
A Secretaria da Saúde de Sorocaba, por meio da Vigilância Epidemiológica, divulga que a vítima residia em Votorantim. "Não temos óbitos confirmados de H1N1 em Sorocaba", disse o secretário da Saúde, Milton Palma.
"Recentemente tivemos um caso confirmado pela doença e todos os contatos fornecidos pelo paciente não existem. Em vários outros casos os telefones estavam incorretos e precisamos fazer visita domiciliar para comunicar resultado de exame aos pacientes e orientá-los", informou a diretora da Saúde Coletiva, Consuelo Matiello.
A Secretaria da Saúde (SES) informa que caso seja oficialmente diagnosticada a doença de algum óbito pelo Instituto Adolfo Lutz a SES informará imediatamente a imprensa. Durante entrevista na noite de ontem, Palma disse que avalia possibilidade de coletiva à imprensa com infectologistas do câmpus local da Faculdade de Medicina da PUC.
A Unimed informou que uma paciente foi internada em isolamento com suspeita da nova gripe na tarde de ontem com quadro clínico de pneumonia. Um outro caso informado pela Vigilância Epidemiológica de Capela do Alto encontra-se no Hospital Modelo, em Sorocaba. Trata-se de uma gestante com 22 anos, no quarto mês de gravidez, com suspeita da gripe, cujo resultados do exame no Instituto Adolfo Lutz são aguardados para o final de semana. Além desse caso suspeito, a VE de Capela do Alto continua monitorando outros 21 casos, todos apresentando quadro gripal, sem complicações.
20 mortes
No mesmo dia, o jornal listou, por meio dos dados cruzados mencionados no começo do texto, 20 casos semelhantes, que ocorreram em Sorocaba a partir do mês de junho. Leia abaixo:
Pelo menos outros 20 pacientes de Sorocaba e região morreram internados em hospitais da cidade por doenças respiratórias desde o final de junho. Todos apresentavam algum sintoma da nova gripe, como pneumonia, broncopneomonia ou insuficiência respiratória.
Os que residiam em Sorocaba eram M.A.R., 53 anos, falecido em 30/07, no Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS); S.K.H.S., 53 anos, morreu em 17/07, no CHS; E.S.S., 57 anos, 15/07, CHS; F.H.B.G., 21 anos, 03/07, Unimed; D.R.L., 45 anos, 01/08, CHS; G.J.B., 58 anos, 28/07, CHS; T.P.; 21 anos, 02/08, CHS; M.A.R.; 53 anos, 30/07, CHS; M.O.R., 55 anos, 27/06, Unimed.
Os pacientes de outras cidades que morreram internados em Sorocaba foram: R.S.S., de Votorantim, 53 anos, 30/07, no CHS; A.B.A., Votorantim, 45 anos, 28/07, CHS; V.C.S., 18 anos, 01/08, CHS; D.R.F., de Guapiara, 40 anos, 29/07, CHS; F.M.C., de Guapiara, 35 anos, 25/07, CHS; A.A.S., de Guapiara, 37 anos, 05/07, CHS; V.M.A., de Angatuba, 68 anos, 21/07, no CHS; M.M., de Jacupiranga, 38 anos, 16/07, CHS; A.G.M.O., Mairinque, 62 anos, 13/07, CHS; M.O.M., Itapetininga, 55 anos, 09/07, CHS; R.M.S.M., de Itapetininga, 37 anos, 25/07, CHS.
Ainda no mesmo dia, ou seja, na quarta-feira, a Secretaria de Estado da Saúde confirmou a morte de um adolescente com o vírus Influenza A (H1N1), na região de Sorocaba. A nota oficial não especificou a cidade onde residia a vítima. Informou, apenas, que o paciente, de 16 anos, morreu entre o dia 18 de julho e 10 de agosto.
CHS contesta
Na quinta-feira (13), o Cruzeiro publicou uma série de reportagens, algumas contestadas pela Secretaria da Saúde de Sorocaba e também pelo próprio Governo de Estado. Segue o texto abaixo:
O diretor técnico de departamento, Ricardo José Salim, e a coordenadora do Núcleo Hospitalar de Epidemiologia do Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS), Rosana Maria Paiva dos Anjos, contestaram a reportagem publicada ontem pelo Cruzeiro do Sul, que aponta que ao menos 20 pessoas morreram devido a complicações respiratórias em Sorocaba desde o final de junho, dezoito delas no Hospital Regional.
Por meio de nota, via assessoria de imprensa, os dois alegam que o CHS “não foi consultado” para verificação das informações publicadas. E acrescentam: “Esclarecemos que no CHS não ocorreu nenhum óbito ocasionado pela Gripe H1N1 até a presente data, conforme supervisão direta realizada pelo Centro de Vigilância Epidemiológica Regional e pela Secretaria do Estado da Saúde. Ressaltamos que dos dezoito pacientes mencionados, seis não constam em nossos registros de internação. Entendemos que ao ser publicado que 'todos apresentavam algum sintoma da nova gripe' a população pode questionar a autenticidade dos diagnósticos realizados. Portanto, solicitamos esclarecimento sobre essa questão”.
A reportagem não obteve êxito ao tentar contato com os diretores do CHS, nem com a Secretaria do Estado da Saúde, no início da noite de ontem. Apesar da direção afirmar não ter registro de todas as internações, os médicos que atestaram os 18 óbitos foram: Alexsandro Sordi Libardoni, Ana Paula Okada, Antônio Carlos Correa, Edson Shitara, Frederico Rocha, Glauber Campos Souza, José Eduardo Amaral Campos, José Mauro Cafundó Moraes, Nélson Brancaccio dos Santos, Orlando Fermozelli Júnior, Otávio Ayres da Silva Neto, Pâmela Daniela da Silva Messula, Pedro Luiz Luarez e Wélson Santos.
MP acionado
No mesmo dia, porém à tarde, o principal vereador de oposição de Sorocaba, Francisco França da Silva (PT), acionou o Ministério Público (MP), para que tomasse providências em relação aos casos que supostamente estavam sendo 'maquiados' na cidade.
Veja o texto publicado pelo jornal na edição de quinta-feira (13): Na representação, os advogados do parlamentar, que incluíram como réus o prefeito Vitor Lippi (PSDB) e o secretário municipal de Saúde, Milton Palma, pedem ao MP para investigue quais são os procedimentos adotados pela municipalidade no sentido verificar os casos suspeitos e divulgá-los à imprensa e à população.
O vereador acusa da existência de indícios de que o Poder Público está se resguardando, consequentemente, omitindo informações importantes para a população.
Cita, como exemplo, reportagens publicadas na imprensa local que, segundo ele, demonstram que há contradições nas informações prestadas pela Prefeitura, visto que o secretário da Saúde, Milton Palma, disse na segunda-feira ao Cruzeiro do Sul que não havia o registro de mortes na cidade confirmadas causadas pela gripe suína. No mesmo dia, a diretora da Saúde Coletiva, Consuelo Matiello, ainda segundo o vereador, declarou ao jornal que 'recentemente' teve um caso confirmado pela doença.
Editorial
Ainda na quinta-feira, o Cruzeiro publicou o editorial 'Contradições sobre a gripe'. Leia abaixo:
Na mesma semana em que a cidade de Cascavel, no Paraná, proibiu temporariamente o funcionamento de cinemas, shoppings e casas noturnas, para prevenir a propagação do vírus causador da gripe suína, as escolas de Ensino Fundamental e Médio de Sorocaba começaram a retomar as aulas (as particulares já voltaram na segunda-feira, dia 10, e as públicas devem retornar na próxima segunda, 17), depois de prolongar as férias por uma ou duas semanas.
Quem tem razão? Quem tenta evitar reuniões em lugares fechados, por acreditar que o pior da epidemia de gripe suína ainda não passou, ou quem levanta as restrições à convivência de crianças e adolescentes em sala de aula, por acreditar que “o tempo já esquentou” e o risco de contágio agora é menor?
O mapa das mortes oficiais causadas pela gripe suína mostra que os Estados mais atingidos são os do Sul e Sudeste, onde o frio é intenso nesta época do ano. Segundo boletim divulgado na terça-feira, 11, pelo Ministério da Saúde, São Paulo segue à frente de todo o Brasil com 75 vítimas fatais, seguido por Rio Grande do Sul (44), Paraná (42), Rio de Janeiro (24) e Santa Catarina - a exceção que confirma a regra -, com três óbitos.
Em contrapartida, Minas, Bahia, Pernambuco e Paraíba registraram até agora - oficialmente, ao menos -apenas uma morte cada um. E, para o restante dos Estados, todos eles localizados acima do Trópico de Capricórnio, o Influenza A(H1N1) ainda é quase uma abstração, conhecida mais pelo noticiário da TV do que por parentes ou conhecidos que o tenham apanhado.
Para os paulistas, que sentiram a temperatura aumentar alguns graus nos últimos dias, a volta às aulas ainda é motivo de ansiedade - como, por sinal, tudo o que diz respeito à gripe. Contribuem para esse clima as próprias decisões dos governos federal, estaduais e municipais, flagrantemente contraditórias entre si.
Há poucos dias, os governos do Rio de Janeiro e Minas Gerais dispensaram as servidoras grávidas que trabalham no atendimento ao público, para evitar riscos a elas e aos bebês. Nesta semana, como está noticiado em outra parte desta edição, as visitas de familiares a presidiários em São Paulo estão sendo suspensas. Não soa incoerente que, enquanto medidas profiláticas são tomadas por um lado, por outro se prepare a volta às aulas, como se o risco de contágio em sala de aula fosse apenas uma possibilidade remota?
É uma questão sobre a qual as autoridades da Saúde e da Educação em São Paulo devem refletir, no pouco tempo que resta antes da segunda-feira. Mais que isso: as autoridades precisam passar em revista suas políticas de comunicação sob a ótica da transparência e do direito dos cidadãos a receber informações claras, precisas e abrangentes.
Estratégias diferenciadas de divulgação dos balanços da gripe (número de casos suspeitos, contágios confirmados, etc.) têm dado margem justamente ao oposto do que pretendem evitar: o receio (para não dizer, o pânico) da população. Nos últimos dias, correntes de e-mails com informações alarmistas sobre um suposto “descontrole” dos casos da gripe têm sido enviadas às milhares para os internautas, levando muitos a acreditar que a situação é bem mais grave do que as autoridades divulgam.
Talvez as dificuldades para levantar informações sobre a epidemia, vivenciadas diariamente pela imprensa, expliquem o porquê de essas mensagens não serem rejeitadas de pronto, como boatos que são. Os repórteres que trabalham na cobertura da gripe reclamam de dificuldades enormes para checar as informações. Algumas autoridades agem como se tivessem uma responsabilidade messiânica sobre os fatos, e acabam perdendo excelentes oportunidades de manter a população calma, precavida e bem informada.
Achar a atitude correta, a postura ideal na tomada de decisões e nas informações transmitidas é o desafio - em sua essência, vital - para todos os que lidam com o assunto.
2 casos por dia
Na mesma quinta, o Cruzeiro manchetou: 'Dois casos são confirmados por dia na cidade'. Veja abaixo o texto:
Nos primeiros 12 dias de agosto foram confirmados, por exames do Instituto Adolfo Lutz, 22 novos casos de pessoas infectadas pelo vírus Influenza A (H1N1) em Sorocaba, uma média de quase 2 por dia.
A informação da Vigilância Epidemiológica (VE) é que todos apresentaram os primeiros sintomas entre os dias 1º e 5 de agosto. Mas a doença deve atingir muito mais gente, já que apenas são submetidos aos exames laboratoriais que diagnosticam a doença os pacientes com sintomas graves que necessitam de internação.
O boletim da VE divulgado, no final da tarde de ontem, pela Secretaria da Saúde, informa que das 195 notificações em Sorocaba desde maio, foram confirmados 60 (30,8%) casos, dois deles continuavam internados ontem, enquanto os demais haviam tido alta.
No total, foram um caso em maio, dois em junho, 35 em julho e 22 em agosto. Durante esse mesmo período, 67 (34,3%) casos suspeitos foram descartados. Ainda, pelo boletim oficial da VE, 68 (34,9%) casos suspeitos aguardam resultados de exames.
Morte 'oficial'
Nesta sexta-feira (14), o Cruzeiro publica: 'Gestante é a 1ª vítima fatal em Sorocaba'. A Secretaria da Saúde de Sorocaba confirmou, às 18h de ontem, o primeiro óbito de pessoa infectada pelo vírus A/H1N1 na cidade, por meio de resultado de exame emitido pelo Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo. O anúncio foi feito à imprensa pelo secretário Milton Palma, em entrevista coletiva.
A vítima é uma mulher de 24 anos que faleceu na segunda-feira, dia 10. Ela fazia parte do grupo de risco da doença, pois havia dado à luz recentemente. O parto foi no dia 3 de agosto, na cidade de Pilar do Sul, mas a paciente era residente em Sorocaba e retornou à cidade logo após o nascimento do bebê. A criança passa bem.
Segundo dados da Vigilância Epidemiológica, a primeira manifestação de sintomas ocorreu no dia 6 e a mulher foi internada no mesmo dia na Santa Casa de Sorocaba. "Recebeu a medicação específica dentro do prazo previsto, teve toda a assistência, mas tinha um fator de risco e evoluiu com gravidade", salientou o secretário da Saúde, Milton Palma.
Até a presente data Sorocaba tem dois outros óbitos com suspeita da doença aguardando resultado de exames do Instituto Adolfo Lutz.
A Secretaria da Saúde informou, ainda, que a partir desta sexta-feira passará a divulgar boletins duas vezes por semana, com os dados atualizados sobre a gripe causada pelo vírus Influenza A/H1N1 na cidade. Os boletins serão divulgados às terças e sextas-feiras.
Se houver confirmação oficial de óbito, por meio de resultado de exame, esta divulgação será feita independente do dia, por meio de nota enviada a toda a imprensa.
80 shows cancelados
Durante a coletiva de imprensa realizada no final da tarde de ontem, o prefeito em exercício, José Ailton Ribeiro, informou o cancelamento de mais de 80 apresentações culturais que aconteceriam na cidade, neste final de semana, em comemoração ao aniversário de 355 anos de Sorocaba.
"A decisão tem o objetivo de prevenir a disseminação do vírus Influenza A (H1N1), causador da nova gripe, também conhecida como 'suína'. Até o dia 23 de agosto, nenhum local de responsabilidade do Governo Municipal receberá qualquer tipo de evento que implique a aglomeração de pessoas", enfatizou o prefeito.
Buscamos as informações verdadeiras. Apenas isso, sempre!
by Gustavo Ferrari
Fumaça, que nada!
Reprodução/Cover art do projeto
Completa-se, hoje, uma semana da lei antifumo no Estado de São Paulo, que restringe o uso do cigarro em locais fechados.
Sendo assim, diversos cinzeiros de bares, restaurantes, casas noturnas, entre outros, ficaram obsoletos. O projeto 'Era uma vez um cinzeiro' (www.eraumavezumcinzeiro.com.br), propõe transformar os objetos que estão sem utilidade em peças artísticas.
Dessa forma, os cinzeiros recolhidos pelo grupo LCD (coletivo experimental da Agência Loducca) serão entregues a renomados artistas (fotógrafos, artistas plásticos, pintores, estilistas), que irão transformá-los em arte, seja ela qual for.
Os estabelecimentos que já doaram seus cinzeiros foram: Dom, Due Cuochi, Piselli, Fasano, Vegas, Sonique e o Rubaiyat.
Na lista de artistas que aderiram ao projeto estão de Vik Muniz aos estilistas Alexandre Herchcovitch e Jack Vartanian, passando pelo fotógrafo Bob Wolfenson e o escritório de arquitetura Triptyque.
Todas as obras expostas estarão à venda nos estabelecimentos citados e o dinheiro arrecadado será doado à Fundação do Câncer.
"O intuito do projeto é aproveitar a causa e ajudar a fundação”, diz Guga Ketzer, sócio e Diretor de Criação da Loducca. "Uma obra de arte pode ser um jeito muito interessante de conscientizar as pessoas sobre a questão de fumar. E ainda mais com o olhar de artistas tão importantes quanto os que estão com a gente nesse projeto", ressalta.
Completa-se, hoje, uma semana da lei antifumo no Estado de São Paulo, que restringe o uso do cigarro em locais fechados.
Sendo assim, diversos cinzeiros de bares, restaurantes, casas noturnas, entre outros, ficaram obsoletos. O projeto 'Era uma vez um cinzeiro' (www.eraumavezumcinzeiro.com.br), propõe transformar os objetos que estão sem utilidade em peças artísticas.
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Os estabelecimentos que já doaram seus cinzeiros foram: Dom, Due Cuochi, Piselli, Fasano, Vegas, Sonique e o Rubaiyat.
Na lista de artistas que aderiram ao projeto estão de Vik Muniz aos estilistas Alexandre Herchcovitch e Jack Vartanian, passando pelo fotógrafo Bob Wolfenson e o escritório de arquitetura Triptyque.
Todas as obras expostas estarão à venda nos estabelecimentos citados e o dinheiro arrecadado será doado à Fundação do Câncer.
"O intuito do projeto é aproveitar a causa e ajudar a fundação”, diz Guga Ketzer, sócio e Diretor de Criação da Loducca. "Uma obra de arte pode ser um jeito muito interessante de conscientizar as pessoas sobre a questão de fumar. E ainda mais com o olhar de artistas tão importantes quanto os que estão com a gente nesse projeto", ressalta.
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