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O Tribunal de Justiça de São Paulo abre amanhã, às 17h, no Salão dos Passos Perdidos do Palácio da Justiça, a mostra 'O Berço do Barroco Brasileiro no Tribunal de Justiça e seu Apogeu com Antonio Francisco Lisboa – O Aleijadinho'.
A exposição ficará aberta ao público até o dia 30 deste mês, de segunda a sexta-feira, das 10 às 18h e a entrada é gratuita.
As obras são atribuídas a Aleijadinho e a alguns dos primeiros escultores que se dedicaram a fazer imagens para a igreja, artistas conhecidos como santeiros que atuaram no Estado de São Paulo.
A coleção de arte sacra em terracota (barro cozido) pertence ao colecionador brasileiro Ary Casagrande Filho e nunca foi exposta antes no País. O curador da mostra é Marcelo Coimbra.
Segundo ele, as esculturas remontam à chegada dos beneditinos europeus no Brasil, quando o português Frei Agostinho da Piedade fundou a primeira escola de imaginário sacro-barrista, baseada nos princípios do barroco renascentista europeu.
Entretanto, ao invés do mármore de carrara importado, os artistas brasileiros esculpiam usando o barro paulista, gerando uma arte sacra originariamente brasileira.
Merecem especial atenção a imagem de Nossa Senhora da Conceição, esculpida em barro branco cozido, e a de Santo Antonio, confeccionada no final do século XVIII, em madeira policromada, obra que jamais esteve presente em exposição, atribuídas a Frei Agostinho de Jesus e Aleijadinho, respectivamente.
A mostra estará aberta ao público no dia 16, durante a Virada Cultural. Nessa mesma data, o historiador mineiro Márcio Jardim, autor do catálogo geral da obra de Aleijadinho, fará palestra sobre o tema: Metodologia da Atribuição – Estilemas e Caracteres.