Gustavo Ferrari/Jato by cel...roses
Velas que derramam a cera da incerteza;
tristeza que alimenta egos desprotegidos;
calefação que aquece almas angustiadas;
despreparo emocional e físico...
Sentimentos que transformam raiva em piedade;
injúria, cretinice, medo;
perdas que revelam um ganho em dobro;
sintuosa apologia à ideologia da mentira...
Cegos que encontram um desafio no passado;
mentes fracas que se acham intelectualizadas;
risos que ignoram a verdade irradiante do prazer;
sacanagem proveitosa de dar e doar...
Erros infames, fajutos, grotescos;
distância ignorante de cobiça e anseios;
pavor tremendo de teimar com o acaso;
insurgência de aproximação...
Temor promíscuo de uma crença certeira;
devaneio claro e conciso de esperteza declarada;
burrice aguda, insone e calhorda;
paura contínua de fuga e solidão...
Sábia sintonia entre o ser e o errante ser;
mistério que acovarda corações e mentes;
derrame mútuo de clareza e ódio;
terra que trai o menos avantajado capaz...
Procura insistente pela capacidade de errar;
clareza que desperta a falta de vivência profissional;
um sábio que caminha sem horizontes;
intelectualóide nefasta de somas irredutíveis...
É do verbo ser que costuma primar pelo engano;
asa que não se abre sem cometer deslizes;
rabo que se encolhe quando vê uma ereção melancólica;
certo que engana a si mesma...
Subtração desnecessária;
insatisfação corrente de desejo;
ganância no olhar, farto de tristeza;
alimento que engana a si mesma...
Um...se pode ter, dois...se pode ir.
Para que lutar?
by Gustavo Ferrari