Emídio Marques/Cruzeiro do Sul
A campanha não começou mas já tem criança auxiliando pré-candidato. Um menino, com dez anos de idade, segurava, na última sexta-feira, uma das pontas da faixa aberta no meio do público, durante a solenidade de inauguração do Centro de Saúde, no Jardim das Paineiras, em Sorocaba.
“Parabéns senhor prefeito! Estamos com você! Cassius Cachorrão”, estava escrito na faixa. O adulto, que segurava uma das pontas, declarou que vai contribuir com a campanha de “Cassius Cachorrão” - que pretende ser candidato a vereador pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Quanto à criança, afirmou que era um amigo, ao qual pediu que ajudasse à segurar a faixa.
Durante a abordagem da reportagem, o pré-candidato, que assistia à cerimônia mais à frente, aproximou questionando o motivo pelo qual estava sendo perguntada a idade da criança. Declarou que não via problema no fato dela ajudar a segurar a faixa de apoio à inauguração. Chegou até perguntar se estava incorrendo a algum erro; na sequência, ordenou ao adulto que recolhesse a faixa.
by Leandro Nogueira, especial para o Blog do Guga
segunda-feira, 30 de junho de 2008
sexta-feira, 20 de junho de 2008
A pérola de Schumi
Luiz Setti (jornal Cruzeiro do Sul)/Daniele Camargo
O carro pilotado pelo heptacampeão da Fórmula 1, o alemão Michael Schumacher, foi a sensação de um posto de combustíveis no último final de semana, em Sorocaba. Amantes do automobilismo e curiosos conferiram, de perto, a potência da 'máquina'. Ferrari que é Ferrari agüenta qualquer parada!
by Luca Turilli
O carro pilotado pelo heptacampeão da Fórmula 1, o alemão Michael Schumacher, foi a sensação de um posto de combustíveis no último final de semana, em Sorocaba. Amantes do automobilismo e curiosos conferiram, de perto, a potência da 'máquina'. Ferrari que é Ferrari agüenta qualquer parada!
by Luca Turilli
segunda-feira, 9 de junho de 2008
Sem serifa
Gustavo Ferrari/Comitre/Campolim
Por que a placa que indica a avenida Antonio Carlos Comitre, no Parque Campolim (área nobre de Sorocaba) está grafada com as letras sem serifa, como ocorre com as demais na cidade?
Tipicamente, os textos serifados são usados em blocos, pois as serifas tendem a guiar o olhar através do texto. O ser humano lê palavras ao invés de letras individuais. Assim, as letras serifadas parecem juntar-se devido aos seus prolongamentos, unindo-se.
Por outro lado, os tipos sem serifa costumam ser usados em títulos e chamadas, pois valorizam cada palavra individualmente e tendem a ter maior peso e presença para os olhos (chamando a atenção), já que parecem mais limpos. Por que só na principal avenida do Parque Campolim isso acontece?
by Gustavo Ferrari
Por que a placa que indica a avenida Antonio Carlos Comitre, no Parque Campolim (área nobre de Sorocaba) está grafada com as letras sem serifa, como ocorre com as demais na cidade?
Tipicamente, os textos serifados são usados em blocos, pois as serifas tendem a guiar o olhar através do texto. O ser humano lê palavras ao invés de letras individuais. Assim, as letras serifadas parecem juntar-se devido aos seus prolongamentos, unindo-se.
Por outro lado, os tipos sem serifa costumam ser usados em títulos e chamadas, pois valorizam cada palavra individualmente e tendem a ter maior peso e presença para os olhos (chamando a atenção), já que parecem mais limpos. Por que só na principal avenida do Parque Campolim isso acontece?
by Gustavo Ferrari
Britto de olho!
Gustavo Ferrari/Eilovir Britto no MP
Incomodado com o que vem acontecendo com a Prefeitura de Sorocaba, o líder comunitário, da Associação Internacional de Vigilância da Cidadania, Direitos Humanos e Proteção à Vida (Assivic-Dhpv), Eilovir José Britto, protocolou, na última sexta-feira, representação no Ministério Público (MP), em defesa dos munícipes, sobre os furtos que vêm ocorrendo com certa freqüencia.
Entre eles está o Notebook Acer, pertencente ao secretário da Cultura e que acumula, também, a Pasta da Comunicação: radialista Anderson Santos. O computador foi 'levado' de sua mesa, na própria secretaria, há 10 dias.
Britto lembra do furto do micro-ônibus Mercedes-Benz Sprinter, placas BNZ-4070, ano 2001, que desapareceu do estacionamento da própria Prefeitura. Sem esquecer do veículo VW Gol, placas BNZ-4185, ano 2005, que pertencia ao gabinete da vereadora Tânia Baccelli (PT).
No ano passado, houve o furto de um trator Pá Carregadeira, modelo MA Michigan, placas BFY-8250, ano 1997, chassi 4247S1394BRC, que sumiu do pátio da frota municipal. Havia Guarda Municipal no local. O Blog do Guga fez a denúncia 'com exclusividade' à época.
"É inconcebível, portanto, que tantos próprios públicos, de significativos valores, sejam subtraídos, tão facilmente, do Patrimônio Público e sem qualquer fiscalização", destacou.
Britto pede a instauração de inquérito civil, pelo MP, a fim de apurar as responsabilidades por parte dos servidores públicos, bem como para buscar o ressarcimento do erário. Estamos de olho!
by Gustavo Ferrari
Incomodado com o que vem acontecendo com a Prefeitura de Sorocaba, o líder comunitário, da Associação Internacional de Vigilância da Cidadania, Direitos Humanos e Proteção à Vida (Assivic-Dhpv), Eilovir José Britto, protocolou, na última sexta-feira, representação no Ministério Público (MP), em defesa dos munícipes, sobre os furtos que vêm ocorrendo com certa freqüencia.
Entre eles está o Notebook Acer, pertencente ao secretário da Cultura e que acumula, também, a Pasta da Comunicação: radialista Anderson Santos. O computador foi 'levado' de sua mesa, na própria secretaria, há 10 dias.
Britto lembra do furto do micro-ônibus Mercedes-Benz Sprinter, placas BNZ-4070, ano 2001, que desapareceu do estacionamento da própria Prefeitura. Sem esquecer do veículo VW Gol, placas BNZ-4185, ano 2005, que pertencia ao gabinete da vereadora Tânia Baccelli (PT).
No ano passado, houve o furto de um trator Pá Carregadeira, modelo MA Michigan, placas BFY-8250, ano 1997, chassi 4247S1394BRC, que sumiu do pátio da frota municipal. Havia Guarda Municipal no local. O Blog do Guga fez a denúncia 'com exclusividade' à época.
"É inconcebível, portanto, que tantos próprios públicos, de significativos valores, sejam subtraídos, tão facilmente, do Patrimônio Público e sem qualquer fiscalização", destacou.
Britto pede a instauração de inquérito civil, pelo MP, a fim de apurar as responsabilidades por parte dos servidores públicos, bem como para buscar o ressarcimento do erário. Estamos de olho!
by Gustavo Ferrari
domingo, 8 de junho de 2008
Bebete Vãobora
Gustavo Ferrari/PN 'Chico Mendes'
O cantor Simoninha, filho do conhecido Wilson Simonal, esteve ontem à tarde, em Sorocaba, onde se apresentou para cerca de 50 pessoas, no recinto da Expo Verde, realizada no Parque Natural 'Chico Mendes'.
Intimista, o roqueiro do samba evoca uma MPB dos anos 60, passando pelo soul, bossa nova, funk e hip hop, com fusões e ritmos da black music. 'Melhor' é o mais novo trabalho do artista (o quinto da carreira).
O público, formado em sua maioria por admiradores de Simoninha, relembrou sucessos como 'Bebete Vãobora', 'É Isso que Dá' e 'Aquele Gol'. Foi uma tarde agradável! Destaque para a criança da foto, irradiante de alegria.
by Gustavo Ferrari
O cantor Simoninha, filho do conhecido Wilson Simonal, esteve ontem à tarde, em Sorocaba, onde se apresentou para cerca de 50 pessoas, no recinto da Expo Verde, realizada no Parque Natural 'Chico Mendes'.
Intimista, o roqueiro do samba evoca uma MPB dos anos 60, passando pelo soul, bossa nova, funk e hip hop, com fusões e ritmos da black music. 'Melhor' é o mais novo trabalho do artista (o quinto da carreira).
O público, formado em sua maioria por admiradores de Simoninha, relembrou sucessos como 'Bebete Vãobora', 'É Isso que Dá' e 'Aquele Gol'. Foi uma tarde agradável! Destaque para a criança da foto, irradiante de alegria.
by Gustavo Ferrari
quarta-feira, 4 de junho de 2008
Ameniza...
Gustavo Ferrari/Alcides Tomazine
Mais uma cena do descaso cotidiano. Ontem à noite, estava na redação do jornal Cruzeiro do Sul quando recebi a ligação de uma família desesperada de Cerquilho. Ela tentava, no Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS), internar um parente que sofrera acidente de trânsito.
O caminhoneiro Alcides Tomazine havia capotado um caminhão carregado de frango congelado há 20 dias, na estrada que liga Jaguariúna a Campinas. Com uma fratura na perna esquerda, o motorista foi submetido a exames e ficou internado no Hospital Municipal de Jaguariúna. Seu quadro clínico piorou e ele precisava ser submetido a uma cirurgia, senão poderia ter a perna amputada.
A família tentou, em vão, interná-lo no Hospital Universitário da Unicamp e também no Hospital Municipal Mário Gatti, em Campinas. Não havia vagas. Com a ajuda de um deputado estadual, conhecido do proprietário da empresa em que Tomazine trabalha, achou-se uma vaga no CHS.
Por volta das 17h, uma ambulância cedida pela Prefeitura de Jaguariúna removeu o caminhoneiro a Sorocaba. Chegando no hospital, a família foi informada pelo médico responsável do setor de internação de que não havia vaga disponível no momento. Isso mesmo! Com meu celular, registrei a lamentável situação.
Um fax assinado pela médica Juliana Rosa Martins, às 14h40, confirmava os procedimentos de remoção, porque a Divisão Regional da Saúde (DRS-16) garantira a internação do cidadão de Cerquilho. Dessa forma, a família esperava que houvesse leito disponível na unidade. Diante do descaso, entrei na jogada.
No CHS, os médicos pouco ligaram para o problema. Outra parte dos familiares, que não aceitou a forma como o hospital tratou o paciente, dirigiu-se ao plantão da Delegacia de Polícia Participava (DPP) para registrar Boletim de Ocorrência. O delegado de plantão não teve dúvidas: omissão de socorro.
Ao ser informada de que a imprensa iria 'escancarar' o problema, a enfermeira responsável pelo plantão noturno do hospital tratou, imediatamente, de 'arrumar' uma vaga na internação para o caminhoneiro.
A família, então, respirou aliviado. "Ainda bem que existe a imprensa", disse a sobrinha de Tomazine, dona Marta. Deixei o hospital às 22h, após ajudar a colocar o acidentado no elevador do conjunto. Não havia funcionários para isso. Ele passaria a noite no corredor do terceiro andar, esperando vaga em um dos quartos. Mas, seria assistido pelos médicos plantonistas.
É um absurdo o que tem acontecido com os órgãos públicos desse país. Até quando cenas desse tipo se repetirão. Até quando? Por que não recebo um telefonema assim: "Família de político não consegue vaga. Vocês podem ajudar?"
by Gustavo Ferrari
Mais uma cena do descaso cotidiano. Ontem à noite, estava na redação do jornal Cruzeiro do Sul quando recebi a ligação de uma família desesperada de Cerquilho. Ela tentava, no Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS), internar um parente que sofrera acidente de trânsito.
O caminhoneiro Alcides Tomazine havia capotado um caminhão carregado de frango congelado há 20 dias, na estrada que liga Jaguariúna a Campinas. Com uma fratura na perna esquerda, o motorista foi submetido a exames e ficou internado no Hospital Municipal de Jaguariúna. Seu quadro clínico piorou e ele precisava ser submetido a uma cirurgia, senão poderia ter a perna amputada.
A família tentou, em vão, interná-lo no Hospital Universitário da Unicamp e também no Hospital Municipal Mário Gatti, em Campinas. Não havia vagas. Com a ajuda de um deputado estadual, conhecido do proprietário da empresa em que Tomazine trabalha, achou-se uma vaga no CHS.
Por volta das 17h, uma ambulância cedida pela Prefeitura de Jaguariúna removeu o caminhoneiro a Sorocaba. Chegando no hospital, a família foi informada pelo médico responsável do setor de internação de que não havia vaga disponível no momento. Isso mesmo! Com meu celular, registrei a lamentável situação.
Um fax assinado pela médica Juliana Rosa Martins, às 14h40, confirmava os procedimentos de remoção, porque a Divisão Regional da Saúde (DRS-16) garantira a internação do cidadão de Cerquilho. Dessa forma, a família esperava que houvesse leito disponível na unidade. Diante do descaso, entrei na jogada.
No CHS, os médicos pouco ligaram para o problema. Outra parte dos familiares, que não aceitou a forma como o hospital tratou o paciente, dirigiu-se ao plantão da Delegacia de Polícia Participava (DPP) para registrar Boletim de Ocorrência. O delegado de plantão não teve dúvidas: omissão de socorro.
Ao ser informada de que a imprensa iria 'escancarar' o problema, a enfermeira responsável pelo plantão noturno do hospital tratou, imediatamente, de 'arrumar' uma vaga na internação para o caminhoneiro.
A família, então, respirou aliviado. "Ainda bem que existe a imprensa", disse a sobrinha de Tomazine, dona Marta. Deixei o hospital às 22h, após ajudar a colocar o acidentado no elevador do conjunto. Não havia funcionários para isso. Ele passaria a noite no corredor do terceiro andar, esperando vaga em um dos quartos. Mas, seria assistido pelos médicos plantonistas.
É um absurdo o que tem acontecido com os órgãos públicos desse país. Até quando cenas desse tipo se repetirão. Até quando? Por que não recebo um telefonema assim: "Família de político não consegue vaga. Vocês podem ajudar?"
by Gustavo Ferrari
terça-feira, 3 de junho de 2008
Críticas ao 'O Dia'
Que país é este?/Reprodução
Portal Comunique-se:
A carta dirigida a jornalistas assinada pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município (SJPMRJ) e pela Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj) não poupou a direção do jornal O Dia, tampouco os responsáveis por veículos de comunicação que “(...), de forma irresponsável, se recusam a dialogar, deixando a mercê da sorte a vida de dezenas de profissionais que denunciam o estado paralelo no Rio de Janeiro”.
O documento enfatiza que tem se dedicado à instalação de comissões de segurança para fiscalizar que medidas estão sendo tomadas para garantir a proteção dos profissionais de imprensa que precisam realizar coberturas de alto risco.
As entidades “protestam contra a decisão da empresa de expor seus trabalhadores a tamanho risco” e descreve a operação para relatar a vida de uma comunidade dominada pela milícia como “ousada”. “É inaceitável que a tragédia de Tim Lopes, da TV Globo, não tenha conscientizado as empresas de que nenhuma denúncia ou prêmio de Jornalismo vale uma vida”.
O vice-presidente da Fenaj, Celso Schroeder, disse ao Comunique-se que o centro do debate continua sendo a ameaça de um estado paralelo e à vida do jornalista. “De forma secundária, mas não de menos importância, está a técnica de jornalismo envolvida. Não devemos inverter a situação e mostrar a vítima como culpada”.
Desde o assassinato de Tim Lopes, Schroeder lembra que o sindicato do Rio fez cursos, oficinas para alertar a importância da segurança num trabalho investigativo. “Não pode ter como gatilho uma relação de trabalho insegura. A obrigação é criar condições de trabalho e criar técnicas que garantam a segurança”, finalizou.
Portal Comunique-se:
A carta dirigida a jornalistas assinada pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município (SJPMRJ) e pela Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj) não poupou a direção do jornal O Dia, tampouco os responsáveis por veículos de comunicação que “(...), de forma irresponsável, se recusam a dialogar, deixando a mercê da sorte a vida de dezenas de profissionais que denunciam o estado paralelo no Rio de Janeiro”.
O documento enfatiza que tem se dedicado à instalação de comissões de segurança para fiscalizar que medidas estão sendo tomadas para garantir a proteção dos profissionais de imprensa que precisam realizar coberturas de alto risco.
As entidades “protestam contra a decisão da empresa de expor seus trabalhadores a tamanho risco” e descreve a operação para relatar a vida de uma comunidade dominada pela milícia como “ousada”. “É inaceitável que a tragédia de Tim Lopes, da TV Globo, não tenha conscientizado as empresas de que nenhuma denúncia ou prêmio de Jornalismo vale uma vida”.
O vice-presidente da Fenaj, Celso Schroeder, disse ao Comunique-se que o centro do debate continua sendo a ameaça de um estado paralelo e à vida do jornalista. “De forma secundária, mas não de menos importância, está a técnica de jornalismo envolvida. Não devemos inverter a situação e mostrar a vítima como culpada”.
Desde o assassinato de Tim Lopes, Schroeder lembra que o sindicato do Rio fez cursos, oficinas para alertar a importância da segurança num trabalho investigativo. “Não pode ter como gatilho uma relação de trabalho insegura. A obrigação é criar condições de trabalho e criar técnicas que garantam a segurança”, finalizou.
Lugar de repórter é na rua!
Erick Pinheiro/Guga e os menores
Lugar de repórter é na rua! Não adianta editor dizer o contrário, porque sempre haverá um veículo de comunicação, de preferência o concorrente, que agirá de forma diferenciada.
Ontem, participei ao vivo de um jornal, em uma emissora de rádio de Sorocaba, para repercutir a matéria do último domingo que fiz, ao lado do repórter-fotográfico Erick Pinheiro, com os menores que trabalham de madrugada na ruas da cidade.
Por incrível que pareça, a secretária da Cidadania (Secid), Mazé Lima, reluta em afirmar que não existe trabalho infantil no município em que atua. Acredito que o equívoco dela se deve ao fato de achar que trabalho infantil só existe com 'carteira assinada'. É o cúmulo!
by Gustavo Ferrari
Lugar de repórter é na rua! Não adianta editor dizer o contrário, porque sempre haverá um veículo de comunicação, de preferência o concorrente, que agirá de forma diferenciada.
Ontem, participei ao vivo de um jornal, em uma emissora de rádio de Sorocaba, para repercutir a matéria do último domingo que fiz, ao lado do repórter-fotográfico Erick Pinheiro, com os menores que trabalham de madrugada na ruas da cidade.
Por incrível que pareça, a secretária da Cidadania (Secid), Mazé Lima, reluta em afirmar que não existe trabalho infantil no município em que atua. Acredito que o equívoco dela se deve ao fato de achar que trabalho infantil só existe com 'carteira assinada'. É o cúmulo!
by Gustavo Ferrari
segunda-feira, 2 de junho de 2008
Sobras da modernidade
Erick Pinheiro/Av. Afonso Vergueiro
Quando nosso olhar bate naquele pequeno estendendo o braço, ofertando a balinha ou salgado é difícil virar nosso rosto - como normalmente fazemos diante dos problemas que 'o poder público devia cuidar'. Fica difícil para qualquer pessoa, mas sobretudo para quem é pai ou mãe. A remissão aos filhos é inevitável. Como um imã nosso olhar estará na direção dos braços suplicantes, vendedores. E ao mesmo tempo frágeis.
Faz algum tempo, em São Paulo, estava com um amigo jornalista num restaurante no bairro Jardins, quando notei, na janela lateral, duas crianças grudadas na vidraça, acompanhando nosso jantar, saboreando com os olhos as massas e saladas. Ato contínuo, pedimos ao garçom um prato 'pra viagem' que acabou na mão dos pequenos... Mas a imagem dos olhos na vidraça sempre me acompanha: um misto de dor com 'algo precisa ser feito'.
O que tem acontecido nos últimos tempos, em metrópoles cujo coração é o contraste entre a opulência e a miséria, envolve um certo temor quando crianças são avistadas nos faróis. A preocupação com o social dá lugar ao medo de assalto, ao risco de perder a própria vida. Sim...em vez de salgados e doces, na mão frágil de crianças de sete, oito anos poderá estar um pistola automática.
Mas a escalada segue a lógica gradual do descaso geral com a fome, o frio, o desabrigo e o trabalho infantil... para desaguar na violência. Não se pode permitir que o desenvolvimento acelerado, arrojado, forte, ceda à tentação de simplesmente excluir os de sempre. Aqueles para quem ficarão, invariavelmente, as sobras da modernidade.
Não podemos permitir que nosso olhar congele o coração diante de pequeninos que varam a madrugada oferecendo seu pedaço de infância sob o frio. É possível evitar o ciclo vicioso da escalada. Poder público, ongs, igrejas, comunidades - todos devem fazer a sua parte. E ainda há tempo. Ainda.
by Eugênio Araújo, editor-chefe do jornal Cruzeiro do Sul
Quando nosso olhar bate naquele pequeno estendendo o braço, ofertando a balinha ou salgado é difícil virar nosso rosto - como normalmente fazemos diante dos problemas que 'o poder público devia cuidar'. Fica difícil para qualquer pessoa, mas sobretudo para quem é pai ou mãe. A remissão aos filhos é inevitável. Como um imã nosso olhar estará na direção dos braços suplicantes, vendedores. E ao mesmo tempo frágeis.
Faz algum tempo, em São Paulo, estava com um amigo jornalista num restaurante no bairro Jardins, quando notei, na janela lateral, duas crianças grudadas na vidraça, acompanhando nosso jantar, saboreando com os olhos as massas e saladas. Ato contínuo, pedimos ao garçom um prato 'pra viagem' que acabou na mão dos pequenos... Mas a imagem dos olhos na vidraça sempre me acompanha: um misto de dor com 'algo precisa ser feito'.
O que tem acontecido nos últimos tempos, em metrópoles cujo coração é o contraste entre a opulência e a miséria, envolve um certo temor quando crianças são avistadas nos faróis. A preocupação com o social dá lugar ao medo de assalto, ao risco de perder a própria vida. Sim...em vez de salgados e doces, na mão frágil de crianças de sete, oito anos poderá estar um pistola automática.
Mas a escalada segue a lógica gradual do descaso geral com a fome, o frio, o desabrigo e o trabalho infantil... para desaguar na violência. Não se pode permitir que o desenvolvimento acelerado, arrojado, forte, ceda à tentação de simplesmente excluir os de sempre. Aqueles para quem ficarão, invariavelmente, as sobras da modernidade.
Não podemos permitir que nosso olhar congele o coração diante de pequeninos que varam a madrugada oferecendo seu pedaço de infância sob o frio. É possível evitar o ciclo vicioso da escalada. Poder público, ongs, igrejas, comunidades - todos devem fazer a sua parte. E ainda há tempo. Ainda.
by Eugênio Araújo, editor-chefe do jornal Cruzeiro do Sul
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