terça-feira, 3 de junho de 2008

Críticas ao 'O Dia'

Que país é este?/Reprodução
Portal Comunique-se:

A carta dirigida a jornalistas assinada pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município (SJPMRJ) e pela Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj) não poupou a direção do jornal O Dia, tampouco os responsáveis por veículos de comunicação que “(...), de forma irresponsável, se recusam a dialogar, deixando a mercê da sorte a vida de dezenas de profissionais que denunciam o estado paralelo no Rio de Janeiro”.
O documento enfatiza que tem se dedicado à instalação de comissões de segurança para fiscalizar que medidas estão sendo tomadas para garantir a proteção dos profissionais de imprensa que precisam realizar coberturas de alto risco.
As entidades “protestam contra a decisão da empresa de expor seus trabalhadores a tamanho risco” e descreve a operação para relatar a vida de uma comunidade dominada pela milícia como “ousada”. “É inaceitável que a tragédia de Tim Lopes, da TV Globo, não tenha conscientizado as empresas de que nenhuma denúncia ou prêmio de Jornalismo vale uma vida”.
O vice-presidente da Fenaj, Celso Schroeder, disse ao Comunique-se que o centro do debate continua sendo a ameaça de um estado paralelo e à vida do jornalista. “De forma secundária, mas não de menos importância, está a técnica de jornalismo envolvida. Não devemos inverter a situação e mostrar a vítima como culpada”.
Desde o assassinato de Tim Lopes, Schroeder lembra que o sindicato do Rio fez cursos, oficinas para alertar a importância da segurança num trabalho investigativo. “Não pode ter como gatilho uma relação de trabalho insegura. A obrigação é criar condições de trabalho e criar técnicas que garantam a segurança”, finalizou.