Mais uma dose/Divulgação online
A partir dos 34 anos de idade, o alcoolismo passa a se tornar um problema crônico. É o que aponta estudo da Secretaria de Estado da Saúde com base nos atendimentos a dependentes realizados entre janeiro e setembro deste ano pelo Centro de Referência em Álcool, Tabaco e Outras Drogas (Cratod) - serviço da Pasta na região central da Capital.
Segundo o levantamento, 41% dos 285 pacientes diagnosticados como alcoólatras, e que passaram a fazer tratamento na unidade, tinham entre 34 e 44 anos. A grande maioria, 89%, era homem. A faixa etária dos 45 aos 55 anos respondeu por 23% dos pacientes. Outros 18,2% tinham entre 23 e 33 anos.
"As pessoas viram alcoólatras antes mesmo de chegar à meia idade porque normalmente começam a tomar bebidas alcoólicas ainda quando adolescentes. Sem se dar conta, muitas delas passam a beber todos os dias e, quando percebem, não conseguem mais ficar sem a cerveja, a pinga, o conhaque", afirma a diretora do Cratod, Luizemir Lago.
Os alcoólatras representaram 45% dos pacientes acolhidos pelo Cratod em 2008, seguido pelos dependentes de cigarro e derivados do tabaco, que representaram 31% do total. Em terceiro lugar vieram os usuários de cocaína, com 24%, seguidos pelos dependentes de maconha, com 15%.
No Cratod, os pacientes recebem atendimento por uma equipe multidisciplinar, formada por médicos, psicólogos, enfermeiros, nutricionistas e assistentes sociais. Além de consultas, os alcoólatras passam por dinâmicas de grupo, participam de oficinas e recebem medicação gratuitamente.