Caminho da escola/Emídio Marques
Mais de 30 passageiros foram obrigados a descer do ônibus 131 da Transportes Coletivos de Sorocaba (TCS), em um ponto da avenida Itavuvu (Zona Norte), para que o motorista Wedson Santos da Silva, 27 anos, levasse o casal de irmãos adolescentes L.P.R., 15 anos, e D.P.R., 14 anos, à delegacia. Sem dinheiro para o passe, a dupla 'pulou' a catraca do circular que faz a linha Vila Fiori-Habiteto e foi flagrada pelo agente de bordo. A delegada Silvia Elmara Monteiro registrou a ocorrência como ato infracional.
À delegada, os menores disseram que 'pularam' a catraca porque não tinham passe, nem dinheiro para comprá-lo. Não conseguiram dos órgãos públicos o direito de receber gratuitamente o benefício. Os dois estudam na Escola Estadual 'João Clímaco de Camargo Pires', na Vila Fiori, e caminham todos os dias 5,4 quilômetros da rua Encarnação Prado, no Jardim Santa Luiza, onde residem, para a escola. Acordam às 4h e saem de casa às 5h. Entram às 7h para estudar.
"Estávamos cansados para voltar a pé. O único jeito era pular mesmo", disse L.P.R. Segundo ela, houve agressão verbal do fiscal de bordo. "Ele gritou com a gente, mesmo quando alguns passageiros quiseram pagar a passagem. Mandou fechar as portas para a gente não sair", salientou. Ela estuda na 1.ª série do ensino médio. Já o irmão D.P.R. está matriculado na 8.ª série do ensino fundamental. "O motorista disse que a gente não tinha vergonha na cara", acrescentou o jovem.
Às 12h30 da última terça-feira, a dupla deveria estar no seu lar. Como não chegou, a mãe e dona-de-casa Tânia Pereira da Costa, ficou apreensiva. Às 14h30, um escrivão da delegacia ligou e informou sobre o ocorrido. Tânia negou ir buscá-los na delegacia. "Eles não são bandidos nem marginais", afirmou ao policial, ainda no telefone. Acionado pela delegada Silvia, Paulo Aparecido de Souza, do Conselho Tutelar, levou os menores para casa.
Tensão e equívoco
Na delegacia, L.P.R. descreveu à reportagem do Cruzeiro do Sul que os policiais chegaram a acalmá-la, pois estava tensa. "Chorei bastante. O motorista deixou a gente sozinho no ônibus por 10 minutos. Fiquei muito assustada", destacou. Segundo o promotor da Vara da Infância e da Juventude, Antônio Domingues Farto Neto, a forma como a ação aconteceu não foi a correta. "O motorista deveria ter acionado a Guarda Municipal e não solicitado aos passageiros que descessem do ônibus; muito menos, deveria ter levado os menores à polícia. É a GM que deveria ter feito isso, acionando o Conselho Tutelar", frisou.
A Urbes também informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que o procedimento adotado pelo motorista da linha não foi adequado e o recomendado. O órgão vai apurar o que aconteceu. O conselheiro Paulo Aparecido de Souza informou a Tânia, mãe dos menores, que eles terão de comparecer ao Clube do Nais, localizado na estrada que liga Sorocaba a Votorantim. Para o delegado da Infância e da Juventude (Diju), José Augusto de Barros Pupin, o comparecimento do casal no Nais ajudará a família solucionar o problema envolvendo o direito ao passe de ônibus.
Bons alunos
Os irmãos são bons alunos na 'João Clímaco'. O pai, o catador de material reciclado Aparecido Pereira, orgulha-se ao exibir um certificado, emitido pela própria escola, àqueles com as melhores notas. "Nunca reprovaram um ano sequer. São inteligentes e bem educados também", argumentou.
Pereira vive com a esposa e os três filhos, com uma renda mensal inferior a um salário mínimo. "Tem vez que ele consegue só R$ 300", contou Tânia. "Já perdi a conta de quantas vezes fui atrás do bendito passe de ônibus, que é de direito dos meus filhos, pois estudam em uma escola distante de onde moramos, mas não consigo. Fui na Prefeitura, na Delegacia Regional de Ensino, no Conselho Tutelar, procurei dois deputados estaduais, além de alguns vereadores. Ninguém nos ajuda. É difícil viver assim", relatou a dona-de-casa.
by Gustavo Ferrari
domingo, 31 de maio de 2009
sexta-feira, 22 de maio de 2009
Sorocaba tem 3,6 mil ruas sem placas
Identificação caída/Fábio Rogério
Sorocaba - um município a 90 quilômetros da Capital do Estado de São Paulo, com 600 mil habitantes - possui 3.600 mil ruas e avenidas sem placas de identificação, segundo a Urbes - Trânsito e Transportes, órgão municipal responsável pelo sistema viário da cidade.
Em resposta ao questionamento do vereador José Antonio Caldini Crespo (DEM), a Urbes enfatiza que o setor específico da Prefeitura, responsável por cuidar desse assunto, tem colocado, aos poucos, placas de identificação em ruas da periferia, obedecendo-se a uma programação.
by Gustavo Ferrari
Sorocaba - um município a 90 quilômetros da Capital do Estado de São Paulo, com 600 mil habitantes - possui 3.600 mil ruas e avenidas sem placas de identificação, segundo a Urbes - Trânsito e Transportes, órgão municipal responsável pelo sistema viário da cidade.
Em resposta ao questionamento do vereador José Antonio Caldini Crespo (DEM), a Urbes enfatiza que o setor específico da Prefeitura, responsável por cuidar desse assunto, tem colocado, aos poucos, placas de identificação em ruas da periferia, obedecendo-se a uma programação.
by Gustavo Ferrari
quinta-feira, 21 de maio de 2009
TCE multa Lippi por construção de escola
Prefeito Vitor Lippi/Fábio Rogério
A 2.ª Câmara do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE) multou o prefeito de Sorocaba, Vitor Lippi (PSDB), em 200 Unidades Fiscais do Estado de São Paulo (Ufesps) - equivalente a R$ 3.170,00 - por irregularidades no contrato celebrado com a empreiteira Precisão Comercial e Construtora Ltda., em 4 de julho de 2007, no valor de R$ 5,7 milhões, para a construção da recém-inaugurada 'superescola' municipal 'Avelino Leite de Camargo', na divisa da Vila Barão com o Jardim Nova Esperança, na Zona Oeste da cidade. Da decisão cabe recurso. O relator do despacho foi o conselheiro Robson Marinho.
A escola tem 5,9 mil metros quadrados de área construída, em um terreno de 10 mil metros quadrados. Além das salas de aula, possui ginásiopoliesportivo , prédio da Oficina do Saber (que garante a permanência das crianças em período integral) e outro, com a 20.ª unidade do Sabe Tudo. Atende 1.260 crianças dos dois bairros (840 alunos de ensino fundamental e outros 360 de educação infantil).
Em entrevista ao jornal Cruzeiro do Sul, no final de fevereiro deste ano - durante a inauguração da unidade - o prefeito Vitor Lippi enfatizou a expectativa de construir, até o final do seu segundo mandato, mais três estabelecimentos semelhantes ao 'Avelino' (cerca de três vezes maior que uma unidade convencional). A Prefeitura também pretende garantir a implantação de mais quatro escolas estaduais no município. Para isso, tenta uma parceria com o governo do Estado.
18 meses
A Secretaria da Administração (Sead) chegou a informar, na época da abertura do edital, em maio de 2007, que o cronograma da licitação estava estimado em 90 dias, e que o prazo previsto para execução da obra era de 360 dias. Elas (obras) começaram emagosto de 2007 e o prédio foi entregue à comunidade em fevereiro de 2009, ou seja, 18 meses depois.
A escola foi construída na quadra 16 da Vila Barão, nas imediações da rua Pército de Souza Queiroz , que será duplicada dentro do projeto de implantação da avenida Mário Covas, dentro do programa 'Sorocaba Total' (que visa a construção de dois complexos viários, incluindo rodoanel). Ela fica a cerca de 300 metros do bairro Nova Esperança, com entrada pela avenida 9 de julho.
Por meio de nota, a Secretaria de Administração (Sead) esclarece que o TCE não julgou irregular o contrato celebrado com a empresa, mas sim a execução da obra, que foi finalizada em prazo maior do que o previsto em contrato. Porém, não é isso que diz o despacho do conselheiro Robson Marinho.
Já a Secretaria de Negócios Jurídicos (SEJ), por sua vez, espera receber a documentação do TCE para que, tendo como base as informações alegadas, montar o recurso por parte da Prefeitura.
by Gustavo Ferrari
A 2.ª Câmara do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE) multou o prefeito de Sorocaba, Vitor Lippi (PSDB), em 200 Unidades Fiscais do Estado de São Paulo (Ufesps) - equivalente a R$ 3.170,00 - por irregularidades no contrato celebrado com a empreiteira Precisão Comercial e Construtora Ltda., em 4 de julho de 2007, no valor de R$ 5,7 milhões, para a construção da recém-inaugurada 'superescola' municipal 'Avelino Leite de Camargo', na divisa da Vila Barão com o Jardim Nova Esperança, na Zona Oeste da cidade. Da decisão cabe recurso. O relator do despacho foi o conselheiro Robson Marinho.
A escola tem 5,9 mil metros quadrados de área construída, em um terreno de 10 mil metros quadrados. Além das salas de aula, possui ginásiopoliesportivo , prédio da Oficina do Saber (que garante a permanência das crianças em período integral) e outro, com a 20.ª unidade do Sabe Tudo. Atende 1.260 crianças dos dois bairros (840 alunos de ensino fundamental e outros 360 de educação infantil).
Em entrevista ao jornal Cruzeiro do Sul, no final de fevereiro deste ano - durante a inauguração da unidade - o prefeito Vitor Lippi enfatizou a expectativa de construir, até o final do seu segundo mandato, mais três estabelecimentos semelhantes ao 'Avelino' (cerca de três vezes maior que uma unidade convencional). A Prefeitura também pretende garantir a implantação de mais quatro escolas estaduais no município. Para isso, tenta uma parceria com o governo do Estado.
18 meses
A Secretaria da Administração (Sead) chegou a informar, na época da abertura do edital, em maio de 2007, que o cronograma da licitação estava estimado em 90 dias, e que o prazo previsto para execução da obra era de 360 dias. Elas (obras) começaram emagosto de 2007 e o prédio foi entregue à comunidade em fevereiro de 2009, ou seja, 18 meses depois.
A escola foi construída na quadra 16 da Vila Barão, nas imediações da rua Pército de Souza Queiroz , que será duplicada dentro do projeto de implantação da avenida Mário Covas, dentro do programa 'Sorocaba Total' (que visa a construção de dois complexos viários, incluindo rodoanel). Ela fica a cerca de 300 metros do bairro Nova Esperança, com entrada pela avenida 9 de julho.
Por meio de nota, a Secretaria de Administração (Sead) esclarece que o TCE não julgou irregular o contrato celebrado com a empresa, mas sim a execução da obra, que foi finalizada em prazo maior do que o previsto em contrato. Porém, não é isso que diz o despacho do conselheiro Robson Marinho.
Já a Secretaria de Negócios Jurídicos (SEJ), por sua vez, espera receber a documentação do TCE para que, tendo como base as informações alegadas, montar o recurso por parte da Prefeitura.
by Gustavo Ferrari
Atirador de cinema tenta matar novamente
Arquivo/O Globo (1999)
O ex-estudante de medicina Mateus da Costa Meira, 34, que ficou conhecido em 3 de novembro de 1999 por matar três pessoas e ferir outras quatro ao atirar, com uma submetralhadora, em frequentadores do cinema do Shopping Morumbi, em São Paulo, durante uma sessão do filme "Clube da Luta", voltou a tentar matar no último dia 8, na Penitenciária Lemos Brito (PLB), em Salvador, segundo a Secretaria de Cidadania, Justiça e Direitos Humanos da Bahia.
Considerado preso de bom comportamento, ele foi autuado em flagrante por tentativa de homicídio, na 10.ª Delegacia.
A vítima, o espanhol Francisco Vidal Lopes, 68, condenado por tráfico de drogas, foi agredido com um golpe de tesoura na cabeça.
O instrumento, usado pelos internos da PLB para trabalhos artesanais, não chegou a romper o crânio do espanhol, que foi atendido na própria unidade médica da penitenciária, onde passou por exames que não detectaram maior gravidade no ferimento.
Meira, condenado em 2004 a 110 anos e seis meses de prisão - a pena foi reduzida, em 2007, para 48 anos e nove meses de reclusão -, foi transferido da Penitenciária 2, de Tremembé, em São Paulo, para a PLB no último 27 de fevereiro, depois de a Justiça acolher pedido dos pais do atirador, que moram na capital baiana.
Em depoimento ao delegado Pedro Andrade da Silva, disse que só falaria em juízo. Já Lopes declarou desconfiar que a agressão foi motivada por um desentendimento na noite anterior, quando Meira reclamou do barulho da conversa mantida entre o espanhol e amigos.
Desde o crime, Meira está sendo mantido em isolamento, na PLB. O pai do jovem, o oftalmologista Deolino Vanderlei Meira, de 70 anos, disse que não vai comentar o episódio. (Agência Estado)
O ex-estudante de medicina Mateus da Costa Meira, 34, que ficou conhecido em 3 de novembro de 1999 por matar três pessoas e ferir outras quatro ao atirar, com uma submetralhadora, em frequentadores do cinema do Shopping Morumbi, em São Paulo, durante uma sessão do filme "Clube da Luta", voltou a tentar matar no último dia 8, na Penitenciária Lemos Brito (PLB), em Salvador, segundo a Secretaria de Cidadania, Justiça e Direitos Humanos da Bahia.
Considerado preso de bom comportamento, ele foi autuado em flagrante por tentativa de homicídio, na 10.ª Delegacia.
A vítima, o espanhol Francisco Vidal Lopes, 68, condenado por tráfico de drogas, foi agredido com um golpe de tesoura na cabeça.
O instrumento, usado pelos internos da PLB para trabalhos artesanais, não chegou a romper o crânio do espanhol, que foi atendido na própria unidade médica da penitenciária, onde passou por exames que não detectaram maior gravidade no ferimento.
Meira, condenado em 2004 a 110 anos e seis meses de prisão - a pena foi reduzida, em 2007, para 48 anos e nove meses de reclusão -, foi transferido da Penitenciária 2, de Tremembé, em São Paulo, para a PLB no último 27 de fevereiro, depois de a Justiça acolher pedido dos pais do atirador, que moram na capital baiana.
Em depoimento ao delegado Pedro Andrade da Silva, disse que só falaria em juízo. Já Lopes declarou desconfiar que a agressão foi motivada por um desentendimento na noite anterior, quando Meira reclamou do barulho da conversa mantida entre o espanhol e amigos.
Desde o crime, Meira está sendo mantido em isolamento, na PLB. O pai do jovem, o oftalmologista Deolino Vanderlei Meira, de 70 anos, disse que não vai comentar o episódio. (Agência Estado)
terça-feira, 19 de maio de 2009
Tristes lembranças
Reprodução
A jornalista e artista plástica Dalila Amanda Penteado Rodrigues, de 24 anos, lança o livro-reportagem 'Cicatrizes - Relatos de Violência Sexual' (Palavra & Prece Editora, 176 páginas), que relata a dor e o sofrimento de vítimas da violência sexual.
A obra aborda fatos reais, que transformaram a vida de muitas mulheres. Todas as vítimas são apresentadas com pseudônimos, para preservar suas identidades.
"Em seguida, Caranguejeiro mandou Beija-flor sentar-se na frente dele, para que pudesse se manter vigiando-o. Girassol conta que seu martírio se iniciou naquele momento, porque esse homem a mordeu da cabeça aos pés e chegou a penetrar até os dez dedos em sua vagina, enquanto ela chorava de dor, mas não podia fazer nenhum barulho. Além de retorcer-se de dor, ela se agarrava aos pés do namorado, que tampouco tinha como reagir aos acontecimentos."
"Biscuit relata que Pedra não dormia nem gozava, mas a machucava muito. Enfiou a ponta do canivete na sua nuca e no pescoço, e ela sangrava, sem contar as mordidas e 'o cabo do canivete que ele enfiou na minha vagina', e ameaçou: "Ainda te enfio do lado da lâmina e saio rasgando tudo aí de dentro."
Os dois últimos parágrafos acima foram extraídos do livro.
A jornalista e artista plástica Dalila Amanda Penteado Rodrigues, de 24 anos, lança o livro-reportagem 'Cicatrizes - Relatos de Violência Sexual' (Palavra & Prece Editora, 176 páginas), que relata a dor e o sofrimento de vítimas da violência sexual.
A obra aborda fatos reais, que transformaram a vida de muitas mulheres. Todas as vítimas são apresentadas com pseudônimos, para preservar suas identidades.
"Em seguida, Caranguejeiro mandou Beija-flor sentar-se na frente dele, para que pudesse se manter vigiando-o. Girassol conta que seu martírio se iniciou naquele momento, porque esse homem a mordeu da cabeça aos pés e chegou a penetrar até os dez dedos em sua vagina, enquanto ela chorava de dor, mas não podia fazer nenhum barulho. Além de retorcer-se de dor, ela se agarrava aos pés do namorado, que tampouco tinha como reagir aos acontecimentos."
"Biscuit relata que Pedra não dormia nem gozava, mas a machucava muito. Enfiou a ponta do canivete na sua nuca e no pescoço, e ela sangrava, sem contar as mordidas e 'o cabo do canivete que ele enfiou na minha vagina', e ameaçou: "Ainda te enfio do lado da lâmina e saio rasgando tudo aí de dentro."
Os dois últimos parágrafos acima foram extraídos do livro.
quinta-feira, 14 de maio de 2009
Deputado quer FAB no Nordeste
Arquivo/Jornal Cruzeiro do Sul
O deputado federal Jefferson Campos (PTB-SP) encaminhou ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, ofício pedindo auxílio do Ministério da Defesa no transporte dos donativos arrecadados pela Cruz Vermelha do Estado de São Paulo aos flagelados pelas enchentes no Nordeste.
Devido às fortes chuvas, que trouxeram prejuízos sem precedentes aos estados do Maranhão e do Piauí, calcula-se, segundo Campos, que mais de 150 mil pessoas foram atingidas pelas enchentes.
"No entanto, com a grande quantidade de donativos arrecadados para as vítimas nos dois estados, a Cruz Vermelha tem encontrado problemas ao enviar a ajuda. Com as estradas interditadas e pela distância considerável que separa São Paulo daquela região, o transporte aéreo se torna o mais eficiente, para um resultado emergencial", destacou.
Em requerimento enviado ao Ministério da Defesa, o deputado solicitou a contribuição da Força Aérea Brasileira (FAB), no sentido de disponibilizar o transporte aéreo no atendimento às famílias desabrigadas em decorrência das enchentes.
by Gustavo Ferrari
O deputado federal Jefferson Campos (PTB-SP) encaminhou ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, ofício pedindo auxílio do Ministério da Defesa no transporte dos donativos arrecadados pela Cruz Vermelha do Estado de São Paulo aos flagelados pelas enchentes no Nordeste.
Devido às fortes chuvas, que trouxeram prejuízos sem precedentes aos estados do Maranhão e do Piauí, calcula-se, segundo Campos, que mais de 150 mil pessoas foram atingidas pelas enchentes.
"No entanto, com a grande quantidade de donativos arrecadados para as vítimas nos dois estados, a Cruz Vermelha tem encontrado problemas ao enviar a ajuda. Com as estradas interditadas e pela distância considerável que separa São Paulo daquela região, o transporte aéreo se torna o mais eficiente, para um resultado emergencial", destacou.
Em requerimento enviado ao Ministério da Defesa, o deputado solicitou a contribuição da Força Aérea Brasileira (FAB), no sentido de disponibilizar o transporte aéreo no atendimento às famílias desabrigadas em decorrência das enchentes.
by Gustavo Ferrari
quarta-feira, 6 de maio de 2009
Dream Theater e a Maçonaria
Reprodução
O quinteto americano de metal progressivo, Dream Theater, prepara, para o dia 23 de junho, o lançamento do 10º álbum de estúdio, intitulado "Black Clouds & Silver Linings".
O primeiro single deste novo trabalho será "A Rite of Passage", que estará à venda a partir de 11 de maio. Porém, a arte da capa vazou na Internet. Mostra que a banda aderiu à filosofia maçônica para escrever as composições do novo álbum.
Na capa de "A Rite of Passage" há um compasso e esquadro, símbolos da Maçonaria. É o sinal distintivo do venerável mestre (presidente da Loja), uma vez que, esotericamente, representa a 'Justa Medida', a retidão.
Faz lembrar, aos maçons em geral e a cada instante, que todas as suas ações deverão ser plantadas com serenidade, bom senso e espírito de justiça. Recorda o compromisso solene assumido pelo iniciado, de sempre agir dentro de uma escola de perfeita honestidade e retidão.
Compasso
O Compasso é considerado um símbolo da espiritualidade e do conhecimento humano. Sendo visto como símbolo da espiritualidade, sua posição sobre o 'Livro da Lei' varia conforme o grau.
No grau de aprendiz, ele está embaixo do Esquadro, indicando que existe, por enquanto, a predominância da matéria sobre o espírito. A abertura indica o nível do conhecimento humano, sendo esta limitada ao máximo de 90 graus, isto é, do conhecimento.
A sua simbologia é muito variada, podendo ser entendido como exemplo de justiça, com a qual devam ser medidos os atos humanos. Simboliza a exatidão da pesquisa e, ainda, pode ser visto como símbolo da imparcialidade e infalibilidade do Todo-Poderoso.
Esquadro
O primeiro instrumento passivo e companheiro por excelência do Compasso é o Esquadro. Seu desenho permite traçar o ângulo reto e, por tanto, esquadrejar todas as formas.
Deste modo, é visto como símbolo, por excelência, da retidão. É também a primeira das chamadas 'Jóias Móveis de uma Loja', constituindo-se na 'Jóia do Venerável', pois, dentre todos, este deve ser o mais justo e equitativo dos maçons.
O Esquadro, ao contrário do Compasso, representa a matéria; por isso é que, em 'Loja de Aprendiz', ele se apresenta sobre o Compasso. É a predominância da matéria sobre o espírito.
by Gustavo Ferrari
O quinteto americano de metal progressivo, Dream Theater, prepara, para o dia 23 de junho, o lançamento do 10º álbum de estúdio, intitulado "Black Clouds & Silver Linings".
O primeiro single deste novo trabalho será "A Rite of Passage", que estará à venda a partir de 11 de maio. Porém, a arte da capa vazou na Internet. Mostra que a banda aderiu à filosofia maçônica para escrever as composições do novo álbum.
Na capa de "A Rite of Passage" há um compasso e esquadro, símbolos da Maçonaria. É o sinal distintivo do venerável mestre (presidente da Loja), uma vez que, esotericamente, representa a 'Justa Medida', a retidão.
Faz lembrar, aos maçons em geral e a cada instante, que todas as suas ações deverão ser plantadas com serenidade, bom senso e espírito de justiça. Recorda o compromisso solene assumido pelo iniciado, de sempre agir dentro de uma escola de perfeita honestidade e retidão.
Compasso
O Compasso é considerado um símbolo da espiritualidade e do conhecimento humano. Sendo visto como símbolo da espiritualidade, sua posição sobre o 'Livro da Lei' varia conforme o grau.
No grau de aprendiz, ele está embaixo do Esquadro, indicando que existe, por enquanto, a predominância da matéria sobre o espírito. A abertura indica o nível do conhecimento humano, sendo esta limitada ao máximo de 90 graus, isto é, do conhecimento.
A sua simbologia é muito variada, podendo ser entendido como exemplo de justiça, com a qual devam ser medidos os atos humanos. Simboliza a exatidão da pesquisa e, ainda, pode ser visto como símbolo da imparcialidade e infalibilidade do Todo-Poderoso.
Esquadro
O primeiro instrumento passivo e companheiro por excelência do Compasso é o Esquadro. Seu desenho permite traçar o ângulo reto e, por tanto, esquadrejar todas as formas.
Deste modo, é visto como símbolo, por excelência, da retidão. É também a primeira das chamadas 'Jóias Móveis de uma Loja', constituindo-se na 'Jóia do Venerável', pois, dentre todos, este deve ser o mais justo e equitativo dos maçons.
O Esquadro, ao contrário do Compasso, representa a matéria; por isso é que, em 'Loja de Aprendiz', ele se apresenta sobre o Compasso. É a predominância da matéria sobre o espírito.
by Gustavo Ferrari
segunda-feira, 4 de maio de 2009
Espúrios da hipocrisia
Gustavo Ferrari/Vamos reurbanizar SP?
O bom jornalismo morre, lentamente. Não sou eu quem afirma isso, mas sim os grandes mestres da profissão. E concordo plenamente com eles, pois vivo e tenho acompanhado, diariamente, a preparação desse sepulcro.
Segundo o diretor-adjunto do diário espanhol El País, Juan Cruz, que está em São Paulo participando do 1º Congresso de Jornalismo Cultural, na PUC, o jornalismo morre por culpa, principalmente, dos editores, que preferem se garantir na profissão apoiando-se no que eles acreditam ser "mais fácil": apostar no que já foi ou é bom e conhecido.
Trocando em miúdos, o que Cruz diz é que o medo de mudar o que se acostumou a fazer durante anos tem provocado a falência das reportagens, ou seja, inibe-se a audácia em busca do bom jornalismo.
À Folha de São Paulo, que o entrevistou, argumentou o seguinte: "Muitas vezes vejo que nem sequer há a preocupação de atribuir crédito a quem dá a informação. Os jornais estão cheios da palavra 'fonte', de origem não identificada".
Os veículos vivem de anúncios. Você anunciaria em um jornal, cujo conteúdo é duvidoso, mal escrito, mal redigido, mal apurado, e, com algumas incertezas, em termos de qualidade?
Ai, que saudade!
A Lei de Imprensa já era. Que novidade! Na era da Internet, basear-se na referida lei era juntar substâncias amorfas e transformá-las em esqueleto visual. A partir de agora, segundo alguns juristas, abriu-se um vácuo jurídico em relação ao direito de resposta concedido a quem se sentir injustamente atingido pelo noticiário, cujas regras detalhadas estavam contidas na lei.
Para o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, o direito de resposta trará problemas aos juízes de primeira instância que forem tratar do tema, pela falta de regras claras. Que bom, pelo menos ele foi honesto em ponderar isso durante a votação.
Mas, afinal de contas, como fica a vida do profissional jornalista a partir de agora? Já que não há mais censura prévia (que bom!), haverá liberdade para se escrever o que bem desejar? E o direito assegurado de preservação da fonte, como fica? Ditadores...
Falido
Em seu último artigo, o professor Carlos Alberto Di Franco escreveu o que a maioria dos brasileiros acredita: o Congresso Nacional não serve para nada! E não serve mesmo!
Para Di Franco, o combate à corrupção deve ser uma bandeira permanente. "Para isso, em primeiro lugar, é preciso fugir do jornalismo declaratório e investir pesadamente na metodologia da dúvida. Interrogar e duvidar é um dever profissional elementar, sobretudo quando se cobrem assuntos de interesse público".
Di Franco e Cruz, ambos espanhóis, parecem dividir a mesma opinião: "Os leitores não querem um jornalismo insosso e incolor. Querem uma mídia comprometida com a verdade. Tal compromisso, como é lógico, reclama, muitas vezes, uma informação que desemboca na denúncia consistente".
Novamente, volto a escrever: então, se as redações fazem um jornalismo ineficaz, medroso, covarde, fantasioso, de quem é a culpa? Eu chuto: dos editores! Não são eles que apontam e indicam as contratações de uma redação, digo, editoria? Ou serão das faculdades/universidades, que não estão preparando, adequadamente, os profissionais jornalistas? Fico com a primeira afirmativa.
Em seu artigo "O dever da denúncia", Di Franco, como sempre, termina dando uma aula aos editores: "Declaração não é ponto de chegada. É ponto de partida. É pauta. Precisamos ver e confrontar a realidade com as promessas. Sem isso, o jornalismo deixa de ser socialmente relevante".
As promessas que ele se referiu são, obviamente, àqueles feitas pelos políticos em épocas de campanha, em propostas governamentais, que nunca, sequer, foram ou serão cumpridas, obviamente na realidade da redundância.
Fodendo o cão
Aprendi essa expressão em Prado, no litoral sul da Bahia, em 2000, durante minha viagem a Abrolhos. Literalmente, quer dizer: "aqui, ninguém passa fome". Resolvi escrevê-la porque acho que o jornalismo de hoje em dia está anêmico, ou melhor, os leitores estão famintos de informação, mas os repórteres não conseguem caçá-la. Vejo isso em Sorocaba, onde trabalho e atuo, diariamente, nas ruas. Sempre refaço ou reescrevo textos de companheiros. Que lástima!
O mestre americano do 'new jornalism', Gay Talese, acredita estarmos vivendo um momento de incerteza por conta da fragilidade de alguns veículos. Ele refere-se ao jornalismo impreciso que é produzido atualmente. Dá como exemplo o New York Times, que está à beira da falência. "Vários erros foram cometidos ali. O principal deles foi terem aberto seu conteúdo online", disse, em entrevista à Folha.
Imagina, então, como os veículos do interior não comentem erros. Se o New York Times cometeu, o que dirão dos demais?
Talese rechaça a velha premissa, que todos estão cansados de saber, mas não cumprem: "buscar a verdade é a essência do jornalismo. Só que essa busca custa caro. É preciso pagar o repórter, suas contas, suas viagens, seus telefonemas e até a imensa quantidade de tempo que se perde atrás de pistas falsas".
Mas, para chegar-se à essa conclusão, Talese partiu do princípio de que uma redação conta com repórteres capazes de levantar e publicar uma matéria, sem inverdades ou subterfúgios. É por falta deles (repórteres) que os jornais mundiais estão em declive. Repórter bom, atormenta, como diria o também mestre, Ricardo Kotscho.
Vira-vira de SP
Termino este artigo falando sobre a Virada Cultural Paulista, que aconteceu neste final de semana, em São Paulo. Só consegui compreender o que realmente o governo do Estado pretende com esse evento após ler um artigo do professor e secretário da Cultura estadual, Carlos Augusto Calil, na Folha, no dia 1 de maio.
Calil diz que o evento tem como principal objetivo "reurbanizar", pelas pessoas, o centro da cidade. "O que o processo da Virada Cultural nos ensinou é que o centro é o território a ser ocupado simbolicamente por todos os habitantes da cidade, pois todo morador tem duas referências: o seu bairro e o centro".
Então, o negócio é outro. É ocupar, culturalmente, se assim podemos expressar, o referido centro, pois espectador é o que nunca irá faltar em eventos gratuitos, não é mesmo? Não importa a qualidade deles.
Não seria mais humano e mais educador, em termos de cultura, deixar de pagar cachês altíssimos a nomes como Maria Rita, Wando, Reginaldo Rossi e companhia, e levar oficinas culturais aos principais bairros carentes da cidade? E quem sabe, com o que sobrar desse 'montante', dar um banho de limpeza nos cartões postais da capital?
Fico pensando: como se engana, facilmente, as pessoas nesse país. E o pior: com mídia e tudo! Por isso é que os mestres citados acima têm razão: o leitor/cidadão que se ferre!
E você, possui nome na lista?
by Gustavo Ferrari
O bom jornalismo morre, lentamente. Não sou eu quem afirma isso, mas sim os grandes mestres da profissão. E concordo plenamente com eles, pois vivo e tenho acompanhado, diariamente, a preparação desse sepulcro.
Segundo o diretor-adjunto do diário espanhol El País, Juan Cruz, que está em São Paulo participando do 1º Congresso de Jornalismo Cultural, na PUC, o jornalismo morre por culpa, principalmente, dos editores, que preferem se garantir na profissão apoiando-se no que eles acreditam ser "mais fácil": apostar no que já foi ou é bom e conhecido.
Trocando em miúdos, o que Cruz diz é que o medo de mudar o que se acostumou a fazer durante anos tem provocado a falência das reportagens, ou seja, inibe-se a audácia em busca do bom jornalismo.
À Folha de São Paulo, que o entrevistou, argumentou o seguinte: "Muitas vezes vejo que nem sequer há a preocupação de atribuir crédito a quem dá a informação. Os jornais estão cheios da palavra 'fonte', de origem não identificada".
Os veículos vivem de anúncios. Você anunciaria em um jornal, cujo conteúdo é duvidoso, mal escrito, mal redigido, mal apurado, e, com algumas incertezas, em termos de qualidade?
Ai, que saudade!
A Lei de Imprensa já era. Que novidade! Na era da Internet, basear-se na referida lei era juntar substâncias amorfas e transformá-las em esqueleto visual. A partir de agora, segundo alguns juristas, abriu-se um vácuo jurídico em relação ao direito de resposta concedido a quem se sentir injustamente atingido pelo noticiário, cujas regras detalhadas estavam contidas na lei.
Para o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, o direito de resposta trará problemas aos juízes de primeira instância que forem tratar do tema, pela falta de regras claras. Que bom, pelo menos ele foi honesto em ponderar isso durante a votação.
Mas, afinal de contas, como fica a vida do profissional jornalista a partir de agora? Já que não há mais censura prévia (que bom!), haverá liberdade para se escrever o que bem desejar? E o direito assegurado de preservação da fonte, como fica? Ditadores...
Falido
Em seu último artigo, o professor Carlos Alberto Di Franco escreveu o que a maioria dos brasileiros acredita: o Congresso Nacional não serve para nada! E não serve mesmo!
Para Di Franco, o combate à corrupção deve ser uma bandeira permanente. "Para isso, em primeiro lugar, é preciso fugir do jornalismo declaratório e investir pesadamente na metodologia da dúvida. Interrogar e duvidar é um dever profissional elementar, sobretudo quando se cobrem assuntos de interesse público".
Di Franco e Cruz, ambos espanhóis, parecem dividir a mesma opinião: "Os leitores não querem um jornalismo insosso e incolor. Querem uma mídia comprometida com a verdade. Tal compromisso, como é lógico, reclama, muitas vezes, uma informação que desemboca na denúncia consistente".
Novamente, volto a escrever: então, se as redações fazem um jornalismo ineficaz, medroso, covarde, fantasioso, de quem é a culpa? Eu chuto: dos editores! Não são eles que apontam e indicam as contratações de uma redação, digo, editoria? Ou serão das faculdades/universidades, que não estão preparando, adequadamente, os profissionais jornalistas? Fico com a primeira afirmativa.
Em seu artigo "O dever da denúncia", Di Franco, como sempre, termina dando uma aula aos editores: "Declaração não é ponto de chegada. É ponto de partida. É pauta. Precisamos ver e confrontar a realidade com as promessas. Sem isso, o jornalismo deixa de ser socialmente relevante".
As promessas que ele se referiu são, obviamente, àqueles feitas pelos políticos em épocas de campanha, em propostas governamentais, que nunca, sequer, foram ou serão cumpridas, obviamente na realidade da redundância.
Fodendo o cão
Aprendi essa expressão em Prado, no litoral sul da Bahia, em 2000, durante minha viagem a Abrolhos. Literalmente, quer dizer: "aqui, ninguém passa fome". Resolvi escrevê-la porque acho que o jornalismo de hoje em dia está anêmico, ou melhor, os leitores estão famintos de informação, mas os repórteres não conseguem caçá-la. Vejo isso em Sorocaba, onde trabalho e atuo, diariamente, nas ruas. Sempre refaço ou reescrevo textos de companheiros. Que lástima!
O mestre americano do 'new jornalism', Gay Talese, acredita estarmos vivendo um momento de incerteza por conta da fragilidade de alguns veículos. Ele refere-se ao jornalismo impreciso que é produzido atualmente. Dá como exemplo o New York Times, que está à beira da falência. "Vários erros foram cometidos ali. O principal deles foi terem aberto seu conteúdo online", disse, em entrevista à Folha.
Imagina, então, como os veículos do interior não comentem erros. Se o New York Times cometeu, o que dirão dos demais?
Talese rechaça a velha premissa, que todos estão cansados de saber, mas não cumprem: "buscar a verdade é a essência do jornalismo. Só que essa busca custa caro. É preciso pagar o repórter, suas contas, suas viagens, seus telefonemas e até a imensa quantidade de tempo que se perde atrás de pistas falsas".
Mas, para chegar-se à essa conclusão, Talese partiu do princípio de que uma redação conta com repórteres capazes de levantar e publicar uma matéria, sem inverdades ou subterfúgios. É por falta deles (repórteres) que os jornais mundiais estão em declive. Repórter bom, atormenta, como diria o também mestre, Ricardo Kotscho.
Vira-vira de SP
Termino este artigo falando sobre a Virada Cultural Paulista, que aconteceu neste final de semana, em São Paulo. Só consegui compreender o que realmente o governo do Estado pretende com esse evento após ler um artigo do professor e secretário da Cultura estadual, Carlos Augusto Calil, na Folha, no dia 1 de maio.
Calil diz que o evento tem como principal objetivo "reurbanizar", pelas pessoas, o centro da cidade. "O que o processo da Virada Cultural nos ensinou é que o centro é o território a ser ocupado simbolicamente por todos os habitantes da cidade, pois todo morador tem duas referências: o seu bairro e o centro".
Então, o negócio é outro. É ocupar, culturalmente, se assim podemos expressar, o referido centro, pois espectador é o que nunca irá faltar em eventos gratuitos, não é mesmo? Não importa a qualidade deles.
Não seria mais humano e mais educador, em termos de cultura, deixar de pagar cachês altíssimos a nomes como Maria Rita, Wando, Reginaldo Rossi e companhia, e levar oficinas culturais aos principais bairros carentes da cidade? E quem sabe, com o que sobrar desse 'montante', dar um banho de limpeza nos cartões postais da capital?
Fico pensando: como se engana, facilmente, as pessoas nesse país. E o pior: com mídia e tudo! Por isso é que os mestres citados acima têm razão: o leitor/cidadão que se ferre!
E você, possui nome na lista?
by Gustavo Ferrari
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