Erick Pinheiro/Tiësto
Tido como o melhor DJ do mundo, o holandês Tijs Michiel Verwest, ou simplesmente o famoso Tiësto, de 41 anos, fechou a terceira noite do Festival SWU, na Arena Maeda, em Itu, já na madrugada de terça-feira, em clima de festa rave, com uma temperatura que beirava os 10 graus, segundo dados do Instituto de Meteorologia (Inmet).
Sua música eletrônica, no entanto - que mescla elementos da trance music com a deep house -, aqueceu o público presente, que dançou embalado aos hits 'Escape Me', 'Here on Earth', 'In the Dark', 'Kaleidoscope', 'Open Your Eyes' e 'Your Loving Arms', entre outras. Foram quase duas horas de apresentação, que se encerrou às 4h.
As irmãs Marcela e Michelle pularam sem parar na pista premium do evento, enquanto Tiësto mixava e projetava imagens surreais no gigantesco telão de LED, instalado ao fundo do Palco Água. "O cara é demais!", disseram as duas.
DJs conhecidos da região, como o português Xangaii - que acabou de retornar de uma turnê pela Rússia, Índia e Portugal -, estavam entre os fãs presentes.
Já o inglês Erol Alkan embalou a tenda de música eletrônica da Heineken com mixagens distintas, que uniram o pop ao indie e o rock convencional, para um público formado, em sua maioria, de clubers e patricinhas.
O setlist apresentado mesclou de tudo um pouco. Foram remixes para 'Drop the Pressure', de Mylo, 'Atlantis to Interzone', do Klaxons, e 'Squaque Eyes', de Riton.
Linkin Park
Erick Pinheiro/Chester Bennington
O tão aguardado show dos norte-americanos da Califórnia, Linkin Park, na noite de segunda-feira, transformou-se num verdadeiro ensaio de experimentos musicais ao vivo no Palco Ar.
Tradicional na fusão do hip-hop com guitarras distorcidas e o vocal gritado de Chester Bennington, o público estimado em 58 mil pessoas - segundo a organização do SWU - ficou sem entender qual era a proposta da banda: tocar rock ou misturar sons industriais com arranjos da cultura indiana?
Detentores de uma patente que inclui vendagens de álbuns superiores aos 52 milhões, incluindo dois Grammy Awards, o Linkin Park chegou a irritar fãs como Renato Pompeu, de Brasília. "Vim para assistir aquela pegada agressiva do Chester, mas tô vendo outra coisa aqui. E passando frio também", disse.
Ora lembrando os britânicos do Massive Attack ora lembrando Nine Inch Nails, os californianos decepcionaram o público em geral. "Um lixo de som", afirmou Ronaldo Mastro, de São Paulo.
Parte da imprensa, que acompanha a banda desde a primeira vinda ao Brasil, no Estádio do Morumbi, em 2004, criticou o show no SWU. "Péssimo som; mudaram muito o estilo, com essa coisa de música em prol da sustentabilidade", ressaltou o jornalista Ricardo Seratti.
Dos hits comerciais sobraram mesmo 'Numb', 'Crawling', 'One Step Closer', 'Shadow of The Day' e 'In the End'. No restante, canções do recém-lançado 'A Thousand Suns'. "Um fiasco de apresentação", criticou a atendente de telemarketing, Priscila Santos. Ela foi até Itu de excursão com amigos, que saiu da cidade de Marília.
Pixies
Erick Pinheiro/Frank Black
Parecia Sessão da Tarde com final de festa. Foi assim a apresentação dos americanos do Pixies, segunda-feira à noite, no encerramento do Festival SWU, em Itu.
Obeso, o vocalista Frank Black e a cinquentona Kim Deal não conseguiram empolgar o público, que já havia curtido os shows do Incubus e do Queens of the Stone Age. Aliás, o atraso de quase uma hora na apresentação da banda anterior pôde ter tirado o brilho do Pixies no palco.
No som, o quarteto rolou 'Debaser', 'Wave of Mutilation', a clássica 'Here Comes Your Man' e a tão aguardada 'Where is My Mind', a última de um total de onze músicas.
No show da banda formada em Boston nos anos 80, o público predominante aparentava idade superior aos 35 anos.
by Gustavo Ferrari