"Vai atolar isso aqui". Foi dessa forma que encerramos a jornada na última edição da XXXperience, semana passada, em Campinas. Após cinco horas em uma fila de carros interminável, pudemos notar o alvoroço da juventude pelas luzes, pela música, pela diversão.
O som, muito alto, estava empolgante. Com o atraso, perdemos o grupo austríaco Phoenix, que cospe fogo, faz contorcionismo em chamas e arranca aplausos da platéia. Mas, assistimos o israelense Skazi - um roqueiro frustrado - que mescla Metallica com Fatboy Slim, dando a impressão de parecer, no Main Stage, um Chemical Brothers pesado.
No local, mais de 30 mil pessoas pulavam alucinadas. E caminhavam também. Muitos estacionaram os veículos a quilômetros de distância de onde rolava a agitação. Um percurso sem volta tão cedo.
No dia seguinte soube, através do jornal Correio Popular, de Campinas, que muitos freqüentadores do evento tiveram problemas para voltar para casa. Carros roubados, danificados pelo atoleiro, que se formou no Campo de Dragon, e o consumo excessivo de entorpecentes trouxeram dores de cabeça para alguns jovens.
Como fui para assistir o melhor da música eletrônica me diverti pra caramba. Porém, não faria novamente o mesmo trajeto.
by Gustavo Ferrari
