segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Projeto Pitchfork

Gustavo Ferrari/Atibaia
No inverno deste ano fui convidado a passar um final de semana em uma linda pousada localizada em um lugarejo da Serra da Mantiqueira. Como jornalista, registrei momentos de rara beleza: a silhueta das montanhas, o espreguiçar de um esquilo e a 'Natividade', de Josefa de Óbido, ao vivo e a cores, no formato de uma orquídea selvagem.
Como fez muito frio à noite resolvi repousar cedo. Juro que não ouvi nada...nenhum gritinho. Quando me levanto pela manhã, meio que sonolento por causa da intensidade do vento, eis que me deparo com uma lingerie jogada, ou melhor, esquecida à beira do lago, perto da piscina.
Corri e registrei a cena, mas não esqueci de informar, sorrateiramente, o proprietário do local. Muito astuto e, ao mesmo tempo, íntegro, ele se virou e me respondeu: "você não é repórter? Pois bem, descubra a quem pertence tal peça". Foi aí que soltei a estapafúrdia investida: "se encontrá-la, posso permanecer aqui"?

Colin Pitchfork foi o primeiro criminoso condenado com base no DNA. Em 1983, Lynda Mann, uma garota de 15 anos, foi estuprada e assassinada na vila de Narborough, ao sul de Leicester, na Inglaterra. Usando técnicas forenses disponíveis na época, os peritos recolheram sêmen do corpo da garota e estabeleceu-se que pertencia a um indivíduo com sangue tipo A e com um perfil de enzimas polimórficas coincidente com 10% da população masculina. Sem outras evidências conclusivas, o caso foi arquivado. (Fonte: Revista Ciência Criminal)

by Gustavo Ferrari