quarta-feira, 21 de novembro de 2007

O anátema de Pivot

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O jornalista e crítico literário francês, Bernard Pivot, de 72 anos, é tido para alguns como o gênio do "neo-entretenimento". Digo isso porque a sua simplicidade adotada na forma de entrevistar ficou, digamos, "ultrapassada" para os dias de hoje, mas deixou ramificações. Uma delas está em James Lipton, do Inside the Actor's Studio.
Criador da termologia "eu não fazia o papel nem de ingênuo nem de idiota", em "Sopa de cultura" (Bouillon de culture), vem dele algumas perguntas usadas em programas de auditório:

1-) Qual é a sua palavra favorita?
2-) E a que menos gosta?
3-) Qual o seu som ou barulho favorito?
4-) Qual o som ou barulho que odeia?
5-) Qual besteira gosta de falar?
6-) O que o excita?
7-) O que o irrita?
8-) Qual profissão gostaria de exercer fora a sua?
9-) Qual profissão jamais exerceria?
10-) Se o céu existe, o que gostaria de ouvir de Deus quando encontrá-lo?

Pivot entrevistou mais de 8 mil personalidades literárias. Uma de suas célebres frases: "Não gostaria de entrevistar jogadores de futebol. Gosto mesmo é do jogo em si. Os atletas dão entrevistas muito ruins. Gabriel García Márquez, jogando futebol, também não lotaria nenhum estádio".
Dentre os brasileiros, o jornalista arrancou palavras de Paulo Coelho e Chico Buarque. Em seus próprios conterrâneos, como Bernard-Henri Lévy, André Glucksman e Marguerite Duras, fez amizades e audiências à France 2, com mais de 1 milhão de telespectadores.

by Gustavo Ferrari