segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Ensaio sobre as mulheres


Quando o cientista francês Paul Vielle inventou a primeira pólvora sem fumaça, também conhecida como Poudre B, em 1886, não imaginava que a mais poderosa dela pudesse vir da criação do mundo. Isso mesmo: estou falando daquele ser humano que encanta e se deixa fascinar pela beleza natural desenhada por Deus. Ó mulher!

Vaidosa, sensual ou teimosa, nós, homens na faixa dos trinta temos que compreender e tentar entender que a mulher, seja loira, morena, mulata, ruiva ou oriental, talvez seja o principal fator de estímulo para uma vida aberta não só ao prazer, mas à desenvoltura da observação, no sentido literal da palavra, e também à afeição pela atração.

Vulneráveis que somos, abrimos a guarda quando estamos numa situação de guerrilha pelo sexo oposto. Mesmo atraídos pelo desejo e pela sedução, enfrentamos a batalha, sob o risco de perdê-la. Não importa qual seja o desenho do resultado final: a amputação do affair ou a decapitação dos sentidos. O importante é tentar a conquista frente ao perigo da derrota.

Mulher que se exibe francamente é derrotada no primeiro encontro. Já a mulher que esnoba é cobiçada até o último instante. Aquela que maltrata hoje chora amanhã. E, qual o homem que nunca enganou uma mulher bonita para ficar com uma horrorosa, mesmo não estando sob forte influência, para não dizer efeito, de uma cachaça barata?

Como a suavidade da essência de uma Lavanda ao amanhecer sob a forte neblina do outono nas rochosas do campo, a feminilidade que impulsiona o olhar masculino ao feminino encanta e entoa a necessidade de uma aproximação imediata e iminente; reata compromissos esquecidos no tempo e confunde a personalidade ambígua dos sentimentos. Só a mulher é capaz de realizar essa façanha!

by Gustavo Ferrari